Pular para o conteúdo principal

Rogério Bontorin, o atleta que divide seu tempo entre a chácara e os treinos

O representante brasileiro no UFC Rio Rancho, em 15 de fevereiro, enfrenta Ray Borg e brinca: dá mais trabalho tratar dos animais do que suar no tatame

Quem vê Rogério Bontorin no Octógono talvez nem imagine que seu talento não esteja somente em aplicar golpes potentes como o mata-leão com que ele finalizou nove das 16 lutas em que saiu vitorioso. O rapaz também é fera em lidar com bichos.

Pois é: Rogerinho, como é chamado, é especialista em cuidar de chácaras. E divide seu tempo entre os treinos no centro de Curitiba, na equipe Gile Ribeiro College, e sua chácara em Colombo, na região metropolitana da capital paranaense.

O atleta conta que tem vários animais na chácara: cavalos, porcos, carneiros, galinhas e patos. São tantos que ele nem sabe a quantidade certa. “A gente produz pouca coisa, mas carne de porco e de frango a gente não precisa comprar”, diz ele.

A rotina de treinos, que inclui até duas idas diárias para Curitiba para sessões de jiu-jítsu, wrestling, muay thai, boxe e MMA, só começa depois que a da chácara acabou.

“Primeiro eu trato os animais e depois de tudo feito vou treinar”, conta o lutador, que é o representante brasileiro no UFC Rio Rancho, em 15 de fevereiro, no qual enfrenta o americano Ray Borg e tenta sua quinta vitória consecutiva – e terceira pelo UFC.

A parte que Rogerinho mais gosta é a lida com os três cavalos – e a que menos gosta é arrumar a cerca. “Trato dos cavalos três vezes ao dia. Dou ração e, dependendo da época, se eles estiverem em treinamento, também dou suplemento”, explica. “Tratar dos porcos é um pouco mais complicado. Também faço isso três vezes por dia e os alimentos com milho, para eles ficarem gordinhos”, conta.

“Tenho mais trabalho lá do que nos treinos, mas meu pai me ajuda”, ele conta. E onde o lutador se sente mais à vontade, no Octógono ou no roçado? “Nos dois lugares”, ele ri. O plano de Rogerinho é investir tudo o que ganhar com as lutas em suas terras e seus animais. Isso tudo, claro, sem deixar de lado os treinos.

Card completo do UFC Rio Rancho | Como assistir | Trio brasileiro

O lutador de 1,65m, que foi contratado depois de participar do Contender Series Brasil, em agosto de 2018, já aprendeu algumas lições em seus combates na organização. “O UFC é outro nível”, diz ele. “Temos que manter a calma nas lutas, se não o gás vai embora. E as lutas são mais duras, então temos que treinar mais.”

Ele conta que não gosta de deixar a decisão para a mão dos juízes. Seu cartel mostra a evolução de seu jogo e a que ele diz que veio: das 17 lutas que fez, apenas duas foram para a decisão. Se a princípio suas vitórias eram por finalizações, em três das seis últimas ele mostrou que também é bom em pé e venceu por nocaute.

Para Ray Borg, ele fez uma preparação parecida com a que realizou para a luta contra o russo Magomed Bibulatov, há um ano, em sua estreia no UFC. “Treinei muito, então o fã do UFC pode esperar uma luta muito boa.”

O UFC Rio Rancho terá transmissão ao vivo e exclusiva do Canal Combate neste sábado, com o card preliminar previsto para começar às 19h (horário de Brasília).

Assine o Combate | Siga o UFC Brasil no Youtube