
Comunicados oficiais
Cearense mostra confiança em faturar a segunda vitória consecutiva
Ele foi o primeiro campeão da primeira edição do TUF Brasil. Rony Jason segue o caminho em busca do cinturão dos penas com obstinação. O lutador cearense recuperou-se de um nocaute acachapante contra Jeremy Stephens, no UFC Goiânia, depois venceu Steven Siler e agora confia em vencer Robbie Peralta, o adversário da vez no TUF Brasil Final, que acontece sábado, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo.
No papo a seguir com o site do UFC, Jason comenta lições importantes que aprendeu com a derrota, além do que sente na pele quando não pode levar alegria para o povo da cidade-natal.
Peralta é dinâmico, com bom boxe e jogo de distância. Como será o desafio?
É um nocauteador, mais da metade das vitórias dele foram assim. Mas treino com os melhores caras do mundo nesse assunto. Acho que se o combate for para o solo a vantagem é minha. Vejo ele (Peralta) parecido com o Hugo Wolverine, com quem lutei na casa do TUF Brasil 1. Vou tentar fazer parecido, bater junto com ele e ver o que vai dar.
Pretende ser mais estratégico desta vez?
Posso morrer por excesso, nunca por omissão. Entro pra nocautear ou finalizar, não dá para mudar isso no meu instinto de atleta. Nem que isso custe minha cabeça, como foi contra o Jeremy. O Ultimate espera isso de mim. Jamais vou ‘cozinhar’ combates.
O que você aprendeu com a derrota para o Stephens?
É aquela coisa, o brasileiro não gosta de MMA, gosta de campeões. Pessoas que me elogiavam, ‘pagavam um pau’ para mim começaram a me criticar demais, falaram que só peguei 'meia-boca', e o primeiro que lutei e era um pouco melhor, acabei nocauteado. É complicado. Até me exaltei (Jason socou uma porta e quebrou a mão após a luta), mas aquilo foi para extravasar minha revolta por não levar alegria para o povo da minha cidade. Lá tem carreata quando venço. Posso não conseguir o cinturão, mas vou morrer tentando.
Você é um pioneiro do TUF Brasil, o primeiro campeão da primeira edição. Como viu a terceira edição do programa?
Cada TUF tem uma identidade própria, feita pelos próprios treinadores. Na primeira temporada, o Wanderlei foi o cara de sempre, companheiro até o fim. Nessa terceira, a edição o prejudicou e o fez parecer um troglodita. Não é bem por aí.
Valeu até a briga entre o Wand e o Sonnen?
Pensando pelo lado do business, é o que todo mundo espera como promoção. Mas pelo lado de atleta, pegou muito mal, claro. Mas uma coisa que dá para perceber em qualquer edição é o respeito que os brasileiros têm uns com os outros, bem diferente dos norte-americanos, que não ligam para qualquer vínculo do tipo.
Como você analisa o Jason campeão do TUF Brasil 1 e o de hoje?
Minha situação financeira melhorou um pouco, mas sou o mesmo cara de sempre. Gosto de voltar para minha cidade (Quixadá, no Ceará), curtir amigos e família. Como sempre falo, antes eu era vagabundo por ser lutador. Hoje sou inspiração de vida (risos).