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Sem discurso pronto: Urijah Faber analisa seu legado no MMA

Veterano será incluído no Hall da Fama do UFC em 6 de julho

Urijah Faber é do tipo modesto. Despojado, o líder da Team Alpha Male sempre se apresentou trajando regatas, bermudas e chinelos fora do ambiente de luta, roupas que condizem com o clima quente e ensolarado da Califórnia, onde vive.

E o jeito descontraído não se limita ao seu vestuário, mas se estende também para sua personalidade fora do cage. Tanto que o veterano, que será incluído no Hall da Fama do UFC em 6 de julho, nem preparou um discurso para quando receber a honra.

"Sou o tipo de cara que improvisa. Quer dizer, tenho certeza de que vou listar alguns tópicos importantes, mas eu gosto de dizer o que vier à cabeça no momento", disse em entrevista ao UFC Brasil. "Meus amigos e família estão muito animados para ir até Las Vegas para a cerimônia, e nós faremos uma grande festa. Sempre é legal ter um motivo para fazer festa".
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As luvas foram oficialmente penduradas em dezembro de 2016, após a vitória sobre Brad Pickett no UFC Sacramento, em sua cidade natal. Foram 44 lutas em 13 anos, e o próprio "California Kid" afirma que não sofreu muitos danos ao longo de seus combates.

Mas além de preservar a saúde, o norte-americano de 38 anos garante que se encontra no momento de concentrar forças em outros projetos - mas sem nunca se afastar das artes marciais.

"Para mim não se trata de parar porque eu preciso, mas sim porque estou em um bom momento para passar para a próximo etapa. Tenho vários projetos. Recentemente fiz um filme, mas não posso falar disso, tenho minha empresa de construção, tenho a academia e a minha equipe. Sou um cara muito ocupado, mas ainda treino regularmente. Quando estou na cidade, treino todos os dias e vou à todos os treinos que puder para ajudar a moldar a nova geração do nosso time. Mas meus dias são iguais: acordo cedo, durmo tarde, e estou ocupado o dia inteiro".

Tão ocupado que Faber se espantou quando o presidente do UFC, Dana White, revelou que ele entraria para o seleto grupo das lendas da organização. Foi só ali que o agora ex-atleta parou para analisar sua trajetória nos cages pelo mundo.

E que trajetória! Ex-campeão peso-pena do WEC e presença constante no top 5 de qual fosse a categoria em que estivesse no UFC, Faber foi um dos responsáveis por promover as divisões mais leves - agora algumas das mais profundas e complexas do evento.

"Estou muito feliz com a minha carreira. Obviamente eu gostaria de ter ganhado o cinturão do UFC, mas tive muitas chances. Fui campeão do WEC, que na época era o melhor evento do mundo para a minha categoria, e tenho muito orgulho disso. Tive muitas oportunidades no UFC e fui top contender por toda a minha carreira", disse,

"Meu legado nesse esporte é ter sido um dos caras que colocou os lutadores mais leves sob os holofotes. Eu fui capaz de transcender os estereótipos por ser um cara feliz, gentil e alguém que fez algo maior que si próprio. Eu fui capaz de, além de ser campeão mundial, construir um time que conquistou cinturões e moldou mentalidades de campeões, e é um dos melhores times do planeta. Foi uma carreira muito boa, e estou animado para iniciar o próximo passo. Tenho muito orgulho por tudo que conquistei".

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