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Thales Leites: se reinventando para voltar ao topo

De finalizador a nocauteador, peso-médio vai em busca de seu segundo title-shot

Aos 34 anos de idade, o niteroiense Thales Leites vive, possivelmente, sua melhor fase no MMA. Hoje, ele é um dos dez melhores pesos-médios no plantel do UFC, tem oito vitórias em suas últimas nove lutas e deixou para trás, definitivamente, o estigma de ser um lutador unidimensional no octógono.

Quando estreou no MMA, em 2003, Thales era basicamente um lutador de jiu-jitsu se aventurando em matas muito mais profundas. Ele havia recebido há pouco tempo a faixa-preta de seu primeiro mestre, Welton Ribeiro, e havia passado a integrar a equipe da Nova União, liderada por Dedé Pederneiras, que contava com diversos campeões da arte suave e alguns promissores atletas de artes marciais mistas, como José Aldo, Leonardo Santos e até mesmo BJ Penn, de quem foi parceiro de treinos em algumas ocasiões.

O convite para competir no UFC chegou cerca de três anos após sua estreia, quando Thales havia vencido todas suas nove lutas, sendo seis por finalização. Na estreia, contra o dinamarquês Martin Kampann, o brasileiro conheceu sua primeira derrota, algo que certamente lhe fez bem: em seguida, foram cinco triunfos consecutivos, três por finalização, e a chance de desafiar o cinturão de Anderson Silva em 2009.

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Thales teve uma performance abaixo do esperado no UFC 97, perdeu por decisão dos jurados para Anderson e, na sequência, sofreu nova derrota, para Alessio Sakara, por decisão dividida, revés que encerrou sua primeira passagem no UFC.

Com três derrotas para três strikers na carreira, o niteroiense percebeu que precisava amadurecer na luta em pé. Nos três anos e meio longe do UFC, foram cinco vitórias, uma derrota e duas cirurgias no joelho. Quando foi convidado a voltar, Thales já era um outro lutador.

O sucesso foi imediato, com cinco triunfos em um ano e meio, sendo dois deles por nocaute técnico, algo quase inédito em sua carreira, e que provou que os treinos de muay thai com a lenda Pedro Rizzo estavam dando certo.

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Surgiu então o grande desafio de encarar Michael Bisping em uma luta principal na Escócia, país vizinho à Inglaterra de seu oponente. A boa fase na trocação subiu à cabeça do brasileiro, como ele mesmo admitiu após o duelo, e sem tentar levar a luta para o chão, buscando exclusivamente o nocaute, o brasileiro acabou tendo sua sequência de vitórias interrompida em uma apertada decisão dividida.

O equilíbrio da luta, entretanto, fez com que a derrota não lhe custasse a perda de posições no ranking dos pesos-médios, e a chance de reabilitação para Thales veio em seguida, com o agendamento do combate contra outro striker: Gegard Mousasi, na luta co-principal do UFC Londres, neste sábado (27).

Aos 34 anos, Thales vive a melhor fase na carreira. Bom no chão, bom em pé, maduro, mas com o mesmo ímpeto do início de carreira, o niteroiense quer provar nesse próximo combate que é um artista marcial completo e que está vivo na corrida pelo title-shot de uma divisão repleta de concorrentes.
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