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Top 10: as lutas imperdíveis de junho

Mês será repleto de grandes combates no octógono

O clima está esfriando no Brasil, mas a ação no octógono está ficando cada vez mais quente.

A chegada do mês de junho traz quatro card em quatro continentes diferentes, em quatro semanas seguidas, esquentando o clima para o que será um julho ainda mais eletrizante.

Confira uma seleção dos duelos que você não vai querer perder este mês.

UFC 212 - Sábado, 3 de junho, Rio de Janeiro

Raphael Assuncao x Marlon Moraes

O matchmaker Sean Shelby merece nossos cumprimentos por esse casamento perfeito do experiente Assunção contra o ex-campeão do World Series of Fighting, que faz sua primeira luta no octógono.

Assunção é muito subvalorizado - um veterano com 13 anos de carreira que já enfrentou o melhor da concorrência nos penas e nos galos, fez duas grandes lutas contra TJ Dillashaw e vem para este evento embalado por uma vitória sobre Aljamain Sterling. Ele é o teste perfeito para Marlon, que faz sua estreia na organização vindo de 13 triunfos seguidos e quer mostrar de cara que é candidato à disputa de título no peso-galo.

A divisão é uma das mais competitivas e empolgantes do UFC, e esta luta deve mostrar exatamente isso neste sábado no Rio de Janeiro.

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Claudia Gadelha x Karolina Kowalkiewicz

O confronto entre as duas pesos-palha é semelhante ao do último final de semana na Suécia entre Alexander Gustafsson e Glover Teixeira - um duelo entre ex-desafiantes a cinturão, que ainda estão no auge, famintas por uma nova chance de buscar o título

A luta também tem o potencial de ser tão boa quanto a do último domingo.

Gadelha voltou a vencer em novembro com uma boa performance sobre Cortney Casey em São Paulo, em sua primeira luta desde que se mudou para os Estados Unidos. Excelente grappler com boxe afiado, a brasileira de 28 anos foi derrotada apenas duas vezes, ambas pela atual campeã Joanna Jedrzejczyk.

A rainha da divisão peso-palha também foi responsável pela única derrota de Karolina, tendo superado sua compatriota no UFC 205, no último mês de novembro. Foi um embate em que, apesar de ter perdido por decisão, Kowalkiewicz saiu com moral, tendo feito um duelo equilibrado e conseguido um knockdown contra a campeã no quarto assalto.

A luta co-principal de sábado deverá pegar fogo e ser decisiva para determinar o panorama da divisão peso-palha no segundo semestre.

Jose Aldo x Max Holloway pelo cinturão linear peso-pena

Isso é o melhor que se pode ter quando se quer uma luta competitiva e atraente.

Aldo vem de vitória em cinco rounds sobre Frankie Edgar no UFC 200, uma que fez todos se lembrarem que o brasileiro ainda é um dos maiores talentos do mundo, enquanto Holloway chegou ao 10º triunfo consecutivo quando conquistou o cinturão interino ao bater Anthony Pettis no UFC 206.

Muitos se questionam sobre a motivação de Aldo, mas essas mesmas perguntas foram feitas antes do duelo com Edgar, no qual ele esteve melhor do que nunca. Sua movimentação e defesa de quedas são inigualáveis, e a velocidade e precisão de sua trocação estavam em dia, o que é um bom sinal, porque ele vai precisar disso contra Holloway.

O norte-americano mostrou potencial quando chegou ao UFC inexperiente, ainda aos 20 anos, mas sua evolução e escalada nos rankings foram impressionantes. Um dos strikers mais versáteis e completos do esporte, Holloway trabalha combinações a todo momento, é muito duro e tem um tremendo instinto para liquidar seus oponentes.

Esta é uma daquelas lutas em que você vai querer garantir uma bebida gelada em mãos, muitos aperitivos e colocar seu celular de lado antes de começar, porque assim que o gongo soar, você não vai querer perder um segundo de ação.

UFC Auckland - Sábado, 10 de junho, Nova Zelândia

Tim Elliott x Ben Nguyen

Elliott volta ao cenário apenas dois meses depois vencer Louis Smolka em uma empolgante “Luta da Noite” no UFC Kansas City. Substituindo o lesionado Joseph Benavidez, ele terá uma nova chance de se consolidar na parte de cima da divisão em caso de mais uma sólida performance.

Sem fazer muito barulho, Nguyen conquistou três vitórias em quatro lutas, se tornando um nome interessante na divisão peso-mosca. O lutador foi à decisão dos jurados apenas três vezes em suas 23 lutas profissionais, então pode esperar muita trocação e transições quando ele dividir o octógono com Elliott, e não se surpreenda se eles roubarem os holofotes em Auckland.

Derrick Lewis x Mark Hunt

Essa não precisa de muita explicação.

Lewis e Hunt são dois dos principais nocauteadores do UFC e, quando dividirem o octógono, as chances de alguém apagar serão altíssimas. Os dois gigantes jogarão blocos de concreto um contra o outro, e farão com que todos fiquem na beirada de seus assentos para quando um desses blocos encontrar seu destino.

Hunt esteve envolvido em alguns duelos memoráveis ao longo de sua carreira e Lewis é sempre divertido (dentro e fora do octógono), então colocar um contra o outro é a receita perfeita para uma boa luta.

UFC Singapura - Sábado, 17 de junho

Tarec Saffiedine x Rafael dos Anjos

Assim como o duelo entre Raphael Assunção e Marlon Moraes será uma introdução perfeita para o estreante Marlon, este é um duelo perfeito para a estreia de Rafael na divisão dos meio-médios.

Após ser derrotado por Tony Ferguson em decisão dos jurados, o ex-campeão dos leves anunciou sua descida de peso, onde chegará como um enorme ponto de interrogação. Falando apenas de talento, Rafael tem o pacote completo - excelente na luta agarrada, trocação afiadíssima e experiência de campeão - mas ainda é incerto se ele será capaz de traduzir isso para a nova categoria.

Saffiedine é um lutador técnico e experiente, e figura carimbada no Top 15 desde que chegou ao UFC como campeão meio-médio do Strikeforce. Ele já dividiu a jaula com muitos dos melhores nomes da divisão, e deve ser um duro teste para o brasileiro.

Dong Hyun Kim x Colby Covington

Este encontro entre dois lutadores próximos de se misturarem aos tubarões da competitiva divisão dos meio-médios é uma oportunidade para ambos provarem algo.

Kim vem de três vitórias seguidas e está 7-1 em suas últimas oito lutas, tendo sido derrotado apenas três vezes na carreira - por Tyron Woodley, Demian Maia e Carlos Condit. Ele tem frequentado o Top 10 há seis anos, e é o tipo de cara que sempre estraga o sonho de lutadores talentosos, mas que ainda não estão prontos para chegar à elite da divisão.

Covington tem dito que pertence à elite desde que chegou ao UFC, e com seis vitórias, e apenas uma derrota para Warlley Alves, ele tem feito um bom trabalho para provar que está entre os melhores. Se for capaz de se tornar o quarto homem a vencer o norte-coreano, ele conquistará um lugar no Top 10 e estará pronto para os grandes desafios que vem buscando.

Holly Holm x Bethe Correia

As três derrotas seguidas de Holm desde que venceu Ronda Rousey provam como o MMA pode ser decidido por detalhes às vezes.

Contra Miesha Tate, ela estava a dois minutos da vitória até ser colocada no chão e estrangulada. Contra Valentina Shevchenko, ela não conseguiu diminuir a distância e foi forçada a passar 25 minutos recebendo golpes da desafiante. Contra Germaine de Randamie, ficou a um round de vencer uma luta que os golpes mais duros aconteceram depois do soar do gongo.

Agora, ela vai à Singapura em busca da vitória contra Bethe, a resistente e raçuda brasileira que também passou por maus bocados desde que dividiu o octógono com Rousey, tendo uma vitória, um empate e uma derrota desde que desafiou a ex-campeã.

Em termos de estilo, este é um empolgante confronto entre strikers, e o estilo brigador e agressivo de Bethe casa bem com o contra-ataque de Holm. Ambas precisam de uma boa apresentação, e tudo isso somado deve resultar em uma grande luta.

UFC Oklahoma City - Domingo, 25 de junho, Estados Unidos

Felice Herrig x Justine Kish

Enquanto Gadelha e Kowalkiewicz lutam pelo topo da lista no peso-palha no início do mês, Herrig e Kish travam uma batalha de talentosas atletas em busca de lugares mais altos na divisão.

Após tirar um ano para descansar e repensar as coisas, Herrig voltou com vitórias consecutivas sobre Kailin Curran e Alexa Grasso, lembrando a todos de que ela ainda é uma forte presença na divisão. Kish, enquanto isso, finalmente fez sua estreia no octógono em 2016 após uma cirurgia no joelho que a tirou do TUF 20 e a deixou de molho durante o ano de 2015. A atleta de 29 anos manteve seu cartel intacto com triunfos sobre Nina Ansaroff e Ashley Yoder, e terá a chance de dar um grande salto na categoria se mantiver sua sequência contra Herrig.

Michael Chiesa x Kevin Lee

Mesmo antes de as coisas ficarem quentes entre os dois em uma coletiva de imprensa há algumas semanas, esta já era uma ótima luta entre pesos-leves que buscam se destacar na divisão mais congestionada do UFC.

Três vitórias seguidas sobre Mitch Clarke, Jim Miller e Beneil Dariush colocaram Chiesa em posição para enfrentar Tony Ferguson na luta principal do UFC Sioux Falls no último ano, mas uma lesão nas costas cancelou o combate e o deixou de molho pelo restante da temporada. O ex-campeão do TUF está 7-2 no octógono e parecia estar chegando ao seu auge antes da luta com Ferguson, então será interessante ver como ele estará neste retorno.

Lee, de 24 anos, tem chamado a atenção recentemente, conquistando vitórias sobre Jake Matthews, Magomed Mustafaev e Francisco Massaranduba, chegando a quatro vitórias seguidas e entrando no Top 15. Extremamente competitivo e confiante, Lee acredita que está destinado a ser campeão no UFC. Passar por este duro teste contra Chiesa seria uma ótima forma de fazer outros concordarem com ele.

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