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Um mês, dois eventos, 10 lutas – bem-vindos à edição do Top 10 de março de 2015, nosso olhar sobre as melhores lutas que entrarão no octógono no próximo mês.
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Fevereiro nos trouxe um candidato legítimo ao Nocaute do Ano (Matt Dwyer) e muitas performances espetaculares - desde Benson Henderson finalizando Brandon Thatch e Marion Reneau com o mesmo resultado sobre Jessica Andrade, a Frank Mir retornando com vitória e Ronda Rousey defendendo seu título pela quinta vez e aumento seu cartel perfeito para 11-0.
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Enquanto março nos traz o menor número de eventos de qualquer mês deste ano, não falta qualidade para entrar no octógono do UFC.
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Aqui está um resumo que está por vir em março.
Esse é o Top 10.
UFC 185 – sábado, 14 de março – Dallas, Texas
Sergio Pettis vs. Ryan Benoit
Lutando no mesmo card de seu irmão mais velho pela segunda vez seguida, o Pettis mais novo leva sua sequência de duas vitórias para a categoria peso-mosca do UFC, estreando contra Benoit.
Pettis passou a maior parte de seu tempo competindo no circuito regional, lutando até 56kg, antes de subir para o peso-galo em sua última luta pré-UFC. Depois de sua vitória sobre Matt Hobar no UFC 181, o atleta da Roufusport falou sobre estar constantemente em uma desvantagem de tamanho e peso e sobre descer de categoria, agora ele está aqui.
Benoit teve uma das estreias mais interessantes no UFC dos últimos tempos, quando encarou Josh Sampo em novembro de 2013, na final do TUF 18. O discípulo da Janjira Muay Thai de 25 anos perdeu no segundo round depois de uma luta acirrada, que rendeu o prêmio de Melhor da Noite. Mas como Sampo não havia batido o peso correto no dia anterior, Benoit levou também seu prêmio e saiu com $100.000 dólares.
Daron Cruickshank vs. Beneil Dariush
Na última vez que vimos Cruickshank, sua promissora luta com KJ Noon acabava de forma que ninguém esperava, depois de ser acertado com um dedo no olho, o ‘Superstar de Detroit’ não teve condições de continuar.
Dariush foi um homem ocupado em 2014 - não como Donald Cerrone ou Neil Magny, mas perto - lutando quatro vezes com três vitórias, e fechando o ano com vitória por decisão unânime sobre Diego Ferreira no UFC 179, em outubro.
No papel, essa luta tem tudo para ser um clássico entre a luta em pé e a luta de solo, mas Cruickshank tem o wrestling afiado caso seja preciso, e como aluno de Rafael Cordeiro na Kings MMA, a parte em pé de Dariush continua evoluindo.
Na profunda e competitiva categoria peso-leve, essa é uma luta que vai posicionar o vencedor para coisas maiores e melhores em 2015.
Chris Cariaso vs. Henry Cejudo
O veterano Cariaso retorna pela primeira vez desde que desafiou Demetrious Johnson pelo título peso-mosca no UFC 178. Essa luta acabou com sua sequência de três vitórias, e agora ele servirá como teste para um medalhista Olímpico de ouro que procura fazer um impacto no octógono.
Essa será a segunda tentativa de Cejudo fazer sua estreia peso-mosca no UFC, já que sua luta contra Scott Jorgensen no UFC 177 foi cancelada devido a questões médicas. Ele logo subiu para a categoria peso-galo e fez uma forte luta contra Dustin Kimura, mas o medalhista das Olimpíadas de 2008 quer tentar novamente.
Se ele bater o peso, será um grande encontro - uma chance de ver onde Cejudo está colocado em uma divisão que precisa de novos desafiantes, encarando um veterano experiente e disposto.
Roy Nelson vs. Alistair Overeem
De uma luta que depende de um lutador bater o peso com sucesso, para dois gigantes que não se preocupam em perder peso, só em não serem acertados…
Overeem retornou depois de sua derrota em setembro para Ben Rothwell com um nocaute convincente no primeiro round sobre o também holandês Stefan Struve em dezembro, derrubando logo Struve e terminando a luta com a mão direita ainda no primeiro round. Para Nelson, sua última luta foi memorável pela razão errada, sendo nocauteado por Mark Hunt.
O nativo de Las Vegas de 38 anos está entre os Top 10 da categoria nos últimos cinco anos, mas Overeem está vindo para pegar seu lugar na fila.
Johny Hendricks vs. Matt Brown
Quando essa é a terceira luta no card principal do Pay-Per-View, você sabe que é um evento de peso.
Ambos retornam de derrotas para Robbie Lawler - Brown em julho e Hendricks em dezembro, quando perdeu seu cinturão dos pesos meio-médios para Lawler no UFC 181 - mas continuam no Top 5 da categoria, então é uma luta com chances de título.
Depois de pegar sua sétima vitória consecutiva em luta contra Erick Silva em uma performance à moda antiga, ‘O Imortal’ não teve a força para aguentar o cara que está no topo da categoria. Ele estava marcado para voltar no mês passado contra Tarec Saffiedine, mas o ex-campeão do Strikeforce se lesionou e foi retirado do card, e abriu a oportunidade para Brown ter uma chance de desafiar pelo título após uma só vitória.
Para Hendricks, 2014 trouxe os momentos altos mais altos e os momentos baixos, começando com sua vitória pelo título da categoria, e acabou com uma performance morna contra Lawler na revanche. Agora ele retorna ao local de sua maior vitória profissional, movendo-se um passo mais perto de lutar novamente pelo ouro do UFC este ano.
Carla Esparza vs. Joanna Jedrzejczyk – pelo título feminino peso-palha do UFC
Para aqueles que gostam de fatos, lembrem-se desta data e desta luta, que irá marcar a primeira vez que o título feminino peso-palha foi defendido no octógono.
Esparza se tornou a campeã inaugural da nova categoria do UFC em dezembro, completando sua passagem no The Ultimate Fighter com uma vitória dominante por finalização no terceiro round sobre Rose Namajunas. A vitória levou sua sequência de vitórias para cinco, e escreveu seu nome na história, mas agora vem a parte difícil: passar pelas desafiantes e segurar o que ela trabalhou duro para obter.
A primeira em uma longa lista de desafiantes é Jedrzejczyk, uma praticante invicta de Muay-Thai de 27 anos, que venceu Claudia Gadelha por decisão dividida para ter sua chance contra Esparza pelo novo cinturão do UFC. Nativa de Olsztyn, Polônia, ‘Duplo J’ traz ataques com pressão ao octógono, sempre cortando o campo e procurando manter suas lutas em pé, mas isso é mais fácil dizer do que fazer contra a wrestler universitária Esparza.
Anthony Pettis vs. Rafael dos Anjos – pelo título peso-leve do UFC
Pettis sabe aproveitar oportunidades e é sempre eletrizante vê-lo no octógono. Se ele está capitalizando em um erro de um adversário – como fez ao vencer o título peso-leve de Benson Henderson e o defendendo de Gilbert Melendez – ou criando suas próprias maneiras de terminar a luta - como fez com Joe Lauzon e Donald Cerrone – “Showtime” é capaz de terminar uma luta a qualquer momento e de inúmeras maneiras.
Seu adversário na luta principal do UFC 185 é um atleta que provou que o trabalho duro e comprometimento dão resultados. Dos Anjos começou sua carreira no UFC com duas derrotas seguidas. Desde então, o brasileiro aumentou de tamanho e força, melhorou sua parte em pé e se tornou um melhor wrestler, tudo enquanto manteve suas habilidades de finalizações, o que o levou a oito vitórias em suas últimas nove lutas, com três vitórias consecutivas e essa oportunidade merecida de disputar o título.
O campeão é sem dúvida uma luta difícil para qualquer um na categoria - uma mistura de velocidade e habilidade, poder e criatividade - mas Dos Anjos também não é fácil. Ele melhorou sendo o azarão no passado e com certeza é capaz de fazer de novo aqui.
UFC Fight Night: Maia vs. LaFlare – sábado, 21 de março – Rio de Janeiro, Brasil
Godofredo Pepey vs. Andre Fili
Todo mês existe uma luta quase despercebida, que passa por baixo do radar mas com potencial para ter algo de bom, é essa a luta em março.
“Pepey” teve boas vitórias no primeiro round - primeiro com um belo nocaute por joelhada voadora sobre Noad Lahat, e depois com um triângulo sobre Dashon Johnson. O ex-participante do TUF Brasil de 27 anos sempre entretém e não vê o segundo round há mais de dois anos.
Do outro lado da grade, Fili voltou de sua derrota para Max Holloway no UFC 172 com uma vitória por decisão sobre Felipe Arantes no UFC 179, última parada do Ultimate no Rio de Janeiro. O membro da Team Alpha Male não tem a mesma forma compacta e o histórico de wrestling universitário de seus parceiros de equipe, mas ele exerce o mesmo ritmo com um pouco mais de faro no octógono.
Quando este encontro acabar de forma espetacular ou como Luta da Noite, lembre-se de quem lhe disse que era essencial assistir.
Erick Silva vs. Ben Saunders
Nem toda luta precisa ter esperanças de qualificar para disputas de título. E algumas lutas não precisam ter nenhuma expectativa para que possam ser ótimas. Leve esta como exemplo.
Saunders está com duas vitórias e duas derrotas desde retornou ao UFC, com a primeira finalização por omoplata em sua primeira luta de volta ao nocaute técnico estranho sobre Joe Riggs em sua última luta, quando ‘Diesel’ deu um jeito no pescoço enquanto era colocado para baixo.
Silva, porém, levou seis bônus em suas últimas sete lutas, e a única vez em que não levou um cheque a mais foi quando Dong Hyun Kim levou $50.000 dólares com um nocaute que pareceu vir do nada.
Nenhum dos dois está atualmente em disputa por uma chance ao título e ninguém deveria se importar - essa será uma grande luta. Não há como não ser. Estes são dois dos lutadores mais agressivos da categoria e ambos estão procurando aparecer em meio à uma divisão lotada de talentos.
Demian Maia vs. Ryan LaFlare
Alguns podem argumentar que essa é uma luta muito anônima como luta principal. Essas pessoas devem estar erradas, já que qualquer luta entre dois competidores Top 15 de uma das categorias mais profundas e cheias de talento do UFC é com certeza uma boa luta – e merece ser a principal de um evento Fight Night.
LaFlare retorna depois de quase um ano parado lidando com problemas no joelho. Saudável e pronto, o representante da Blackzilians (nascido em Farmingdale, Nova Iorque) tem um cartel invicto de 11-0 em sua carreira e 4-0 no octógono, com vitórias sobre Ben Alloway, Santiago Ponzinibbio, Court McGee e John Howard.
Depois de sair derrotado por decisão em uma Luta da Noite contra Rory Mcdonald no UFC 170 em fevereiro passado, Maia voltou e levou a decisão em sua luta contra Alexander Yakolev em maio. Como LaFlare, o brasileiro passou a segunda metade de 2014 com lesões, mas o número 7 no ranking dos pesos meio-médios do UFC está retornando e está atrás de outra vitória.