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Relembre os cards mais memoráveis da organização
Com o UFC 205 se aproximando, e a espetacular coleção de lutadores escalados para o evento do dia 12 de novembro no Madison Square Garden prontos para fazer deste o maior evento da história do UFC, não há hora melhor para relembrar algumas das melhores noites da história da organização.
Aqui está a lista dos 10 maiores, em ordem cronológica, porque formular um ranking seria completamente subjetivo, e uma guerra na qual não tenho interesse neste momento.
UFC 1 - 12 de novembro de 1993
É preciso começar do começo, não há outro jeito.
O torneio inicial de oito homens em Denver, no Colorado, não apenas colocou as letras “UFC” no dicionário dos esportes e colocou as artes marciais mistas no mapa, mas também foi o evento que inspirou um grande número de lutadores que, eventualmente, chegaram ao octógono.
O UFC 1 também introduziu às pessoas uma dupla que se tornaria um sinônimo do esporte, e que foi essencial para seu crescimento: Royce Gracie e Ken Shamrock. Shamrock era a personificação da ideia de “O Homem Mais Perigoso do Mundo”, com seu físico assustador e seu olhar intimidante, enquanto Royce mostrou para todos, inclusive para Shamrock, que a aparência engana, e, como o menor membro da família Gracie, se tornou a primeira estrela do esporte.
UFC 31 - 4 de maio de 2001
Se este não estiver na sua lista, nem sei o que dizer. Sei que listas são subjetivas, mas se você está falando dos melhores eventos da história do UFC, como é possível não colocar um evento que teve:
Como eu disso, a lista é sua, mas se este card não entrar, nós não podemos ser amigos.
UFC 87 - 9 de agosto de 2008
Este aqui não é daqueles que as pessoas lembram imediatamente, mas ouça o que eu tenho a dizer.
Em primeiro lugar, você teve Georges St-Pierre começando seu segundo reinado como campeão meio-médio, enfrentando o perigosíssimo Jon Fitch. Em segundo lugar, você teve Brock Lesnar fazendo sua segunda aparição no octógono contra Heath Herring. Em terceiro lugar, você teve um garoto magrinho de Nova York chamado Jon Jones estreando.
Não apenas estes são três dos maiores lutadores da história do UFC, mas este foi o evento que iniciou a caminhada dos três rumo ao estrelato, mesmo que nós não soubéssemos, na época, que Jon Jones estaria no topo da divisão dos meio-médios em menos de três anos. Por que eu estou tão confiante em colocar este evento na lista? Veja abaixo.
UFC 100 - 11 de julho de 2009
Quem foram os vencedores das últimas duas lutas daquele que foi, por muitos anos, o maior e mais bem sucedido evento da história do UFC? Brock Lesnar e Georges St-Pierre. Se as coisas tivessem sido diferentes um ano antes, o UFC 100 provavelmente teria sido muito diferente. (Nota: Jon Jones também estava no card, ele finalizou Jake O’Brien).
Esta é mais uma daquelas escolhas automáticas, porque foi o evento de número 100, e foi um evento gigante em termos de repercussão na mídia. Mas, além dos títulos de Brock Lesnar e GSP, o card também teve o nocaute histórico de Dan Henderson em Michael Bisping, uma ótima luta cheia de reviravoltas entre Yoshihiro Akiyama e Alan Belcher, e várias outras boas lutas preliminares.
UFC 116 - 3 de julho de 2010
Um ano após Brock Lesnar gritar para as câmeras após vencer Frank Mir no UFC 100, o campeão peso-pesado retornou, após uma batalha contra a diverticulite que quase encerrou sua carreira, e enfrentou Shane Carwin, em uma das lutas mais empolgantes entre pesos-pesados na história.
Além da performance de Lesnar, que sobreviveu e finalizou Carwin na luta principal, Chris Leben venceu sua segunda luta em duas semanas, finalizando Akiyama no terceiro round; Stephan Bonnar e Krzysztof Soszynski batalharam em uma equilibrada continuação da divertida luta entre os dois no UFC 110, e Ricardo Romero e Seth Petruzelli entregaram oito minutos e cinco segundos de ininterrupta diversão.
UFC 129 - 30 de abril de 2011
O primeiro evento na província de Ontario foi também (na época) o maior evento na história do UFC em termos de público, com mais de 55 mil pessoas presentes no Rogers Centre, em Toronto, para ver Georges St-Pierre vencer Jake Shields, e Jose Aldo defender o título dos penas contra Mark Hominick.
Estas podem ter sido as duas últimas lutas do card, mas houve uma série de outros melhores momentos, incluindo o nocaute á là Karate Kid de Lyoto Machida na despedida de Randy Couture, o veterano Vladimir Matyushenko nocauteando Jason Brilz em 20 segundos, John Makdessi imitando Shonie Carter com um nocaute com soco rodado sobre Kyle Watson, e Pablo Garza começando a noite finalizando Yves Jabouin com um triângulo voador.
Além disso, a equipe do UFC fez um ótimo uso dos telões gigantes em cima do octógono e caminhadas mais longas que o normal até o cage, o que garantiu algumas entradas inesquecíveis.
UFC 189 - 11 de julho de 2015
Quando mais de 10 mil pessoas aparecem para a pesagem, você sabe que tem um evento especial nas mãos. Com toda a expectativa gerada para este evento, nem a troca de última hora de José Aldo por Chad Mendes foi capaz de frear o evento do feriado de Independência dos Estados Unidos, que teve o irlandês Conor McGregor levando os fãs ao delírio com a vitória sobre Mendes no segundo round.
Robbie Lawler e Rory MacDonald fizeram a melhor luta que eu tive o privilégio de ver da fileira de imprensa, Gunnar Nelson atropelou Brandon Thatch, e Jeremy Stephens e Thomas Almeida nocautearam com joelhadas voadoras no card principal.
O mais irônico sobre o UFC 189 é que as cinco primeiras lutas foram para a decisão dos jurados, e parecia que o tão aguardado card seria um fracasso. Não foi. Foi incrível.
UFC 194 - 12 de dezembro de 2015
Cinco meses após os irlandeses invadirem Las Vegas para ver McGregor conquistando o cinturão interino, eles voltaram para ver o “Notório” finalmente encarar José Aldo, e após meses de expectativas, tudo acabou em 13 segundos.
Além da incrível vitória de Conor sobre o brasileiro, o UFC 194 também teve Luke Rockhold conquistando o cinturão dos médios sobre Chris Weidman, a extremamente competitiva e controversa luta entre Ronaldo Jacaré e Yoel Romero, e performances dominantes de Demian Maia e Max Holloway.
UFC 200 - 9 de julho de 2016
Mudanças no card e controvérsias vão sempre fazer parte do UFC 200, mas apesar das turbulências que envolveram o primeiro evento da T-Mobile Arena em Las Vegas, ele vai sempre ser lembrado como um dos maiores e mais bem sucedidos cards da história do UFC.
Desde os três nocautes no primeiro round nas três primeiras lutas da noite, até as performances dominantes de TJ Dillashaw, Kelvin Gastelum e Julianna Pena, o card principal teve uma abertura de primeiro nível, e, apesar de todas as mudanças, ele não decepcionou.
Cain Velasquez foi incrível no atropleo a Travis Browne, enquanto Aldo se recuperou da derrota para McGregor com uma performance irretocável contra Frankie Edgar. O retorno de Brock Lesnar inflamou o público, e Amanda Nunes virou a divisão peso-galo do avesso ao destruir Miesha Tate e vencer por finalização no primeiro round.
UFC 202 - 20 de agosto de 2016
Nenhuma lista de maiores eventos do UFC estaria completa sem o UFC 202.
Depois de a primeira luta ter sido marcada em cima da hora e pegado fogo com duas semanas de antecedência, a revanche entre McGregor e Nate Diaz foi promovida longa e lentamente, e a rivalidade estava no auge quando os dois subiram ao octógono na última luta do evento. McGregor conseguiu sua vingança, vencendo por decisão unânime, e os fãs tiveram mais uma excepcional luta entre esses dois guerreiros.
Eles também tiveram Anthony Johnson mostrando seu poder assustador ao nocautear Glover Teixeira em 13 segundos - um adversário que não era liquidado em mais de uma década -, Donald Cerrone incorporando o ‘Street Fighter II’ contra Rick Story, Cody Garbrandt passando por Takeya Mizugaki e desafiando Dominick Cruz enquanto o campeão dos galos assistia das cabines de transmissão, e muito mais.
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