Treinador revela camp "sem moleza" para BJ Penn no Brasil
Léo Santos falou sobre a preparação do havaiano para o UFC 232
BJ Penn é uma verdadeira lenda. Um dos campeões mais dominantes da história do peso-leve e membro da seleta lista de donos de cinturões em duas categorias, o havaiano volta ao Octógono neste sábado, no UFC 232, com um diferencial: sua preparação inteira foi feita no Brasil.
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Nos últimos meses, Penn foi presença constante na academia da equipe Nova União, no Rio de Janeiro. E tudo indica que a dedicação e o compromisso do veterano aos treinamentos surpreendeu os colegas. É o que disse o treinador e também lutador do UFC Léo Santos.
"Foi uma grande surpresa, porque a gente achou que ele não iria aguentar o treino ou ficar no Brasil", revelou em conversa com a reportagem do UFC. "Ele teve até que resolver alguns problemas no Havaí, e a gente achou que ele não voltaria, mas ele voltou na data que prometeu e continuou treinando".
BJ Penn, Dedé Pederneiras e Léo Santos
BJ Penn, Dedé Pederneiras e Léo Santos
A Nova União é conhecida por levar talentos ao UFC, como José Aldo, e Penn tem história com a equipe. Seu líder, Dedé Pederneiras, foi quem deu ao havaiano a faixa preta de jiu-jítsu, mas essa foi a primeira vez que o havaiano se preparou lá para uma luta de MMA.
O diferencial? Uma abordagem mais firme, e um plano de treino que precisava ser seguido a dedo.
"Ele não está ali passeando, não está de moleza. A gente está ali para treinar ele. Ele tem horários para cumprir, a hora do treino, a do descanso, foi tudo montado para ele. Se ele chegasse atrasado, a gente já estava dando esporro nele. Acho que o diferencial é esse. Não é ele que vai fazer o camp, ele tem que obedecer o que a gente fala. O nosso acordo foi esse", afirmou Léo Santos.
"Eu acho que pelo nome que ele tem e pela história, as pessoas tentam mais agradar do que treinar ele. E lá no Brasil a gente não está nem aí. Ele pode ser o campeão das galáxias que vai ser tratado igual qualquer um. Ele já nos conhece há muito tempo, e toda vez que foi lá a gente tratou ele como qualquer outro. Ele é um ídolo, a gente fica lisonjeado, mas faz parte da equipe igual todo mundo. A gente não quer estrelas, a gente quer lutadores".