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Evento deste sábado(4), em Los Angeles, tem cinturões dos galos e dos médios em disputa
A principal marca do UFC 199, que acontece neste sábado (4), na Califórnia, Estados Unidos, é a rivalidade nas lutas principais. Tanto Luke Rockhold e Michael Bisping, e, principalmente Dominick Cruz e Urijah Faber não são exatamente fãs uns dos outros, e isso pode fazer com que o pragmatismo dê lugar à emoção, incendiando os combates.
Revanches
Luke Rockhold venceu Michael Bisping de forma incontestável em 2014. O campeão vive a melhor fase da carreira, tem três finalizações e dois nocautes em suas últimas cinco lutas e parece convicto de que passará fácil pelo “Conde”.
Pesa a favor de Rockhold o fato de que Bisping, ao longo de sua jornada de 10 anos no octógono, costuma falhar em momentos decisivos - visto que, após 25 lutas, esta será sua primeira disputa de cinturão. Entretanto, não se deve levar o inglês por vencido, como muitos fizeram quando ele enfrentou Anderson Silva. Bisping é um lutador completo e, se não tem a mão mais pesada ou o jiu-jítsu mais refinado, sabe montar uma boa estratégia e capitalizar em cima dos erros de seus adversários.
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Já nos pesos-galo, Dominick Cruz é quem tem o favoritismo, tendo retornado de lesão com uma performance sólida sobre um embalado TJ Dillashaw em janeiro. Mal deu para notar que aquele atleta em cima do octógono havia rompido diversos ligamentos e lutado apenas uma vez em quatro anos. Sua movimentação e reflexos foram novamente impecáveis em sua retomada do cinturão.
Todavia, após tantas sérias e seguidas lesões, sempre haverá certa desconfiança quando Cruz subir ao octógono, e, se existe alguém que pode capitalizar em cima disso é Faber. Apesar da diferença de envergadura em favor do campeão, Faber foi muito bem em pé e conseguiu inclusive um knockdown no último confronto entre ambos, em 2011.
No mesmo período em que Cruz fez suas duas últimas lutas, Faber subiu no octógono 11 vezes, e foi derrotado somente por Renan Barão (duas vezes) e Frankie Edgar, em duelo pelo peso-galo. Mesmo aos 37 anos, o “California Kid” segue em grande ritmo e deve fazer uma das candidatas à melhor luta da noite no sábado.
O paciente e eficiente Max Holloway
Aos 24 anos de idade, Max Holloway talvez seja a maior revelação do Ultimate nos últimos anos. Ele já tem 13 lutas no octógono, e vem de nada menos que oito vitórias consecutivas. Em qualquer outro contexto, o havaiano já teria disputado o cinturão, mas falamos da categoria peso-pena, que tem três dos melhores peso-por-peso do mundo em Conor McGregor, José Aldo e Frankie Edgar.
Já que a chance não chegou, Holloway aceitou o desafio de encarar o duro Ricardo Lamas, ex-desafiante ao cinturão, que foi vencido apenas por Aldo e Chad Mendes no octógono. Lamas é páreo duro para qualquer peso-pena e, por isso, uma nova vitória de Holloway vai dar uma bela dor de cabeça a Dana White.
De olho nos brasileiros
Se no UFC Vegas a sorte não sorriu para os brasileiros, desta vez pode ser diferente. Ex-top-10 no peso-galo feminino, a baixinha Jessica Bate-Estaca cedeu à genética e topou a mudança para o peso-palha. A expectativa em cima da brasileira se reflete na adversária escolhida para lhe dar as boas-vindas: a ex-desafiante ao cinturão e número seis no ranking da categoria, Jessica Penne.
Jessica, que já tinha uma mão pesada na divisão de cima, pode se dar bem se souber se adaptar à velocidade da nova categoria. Caso vença, ela já entra pela porta da frente e beliscando um Top 5.
A outra presença brasileira é do estreante Henrique “Frankenstein”. Aos 26 anos, ele chega para dar novos ares a uma envelhecida categoria dos meio-pesados, que tem diversos veteranos na ponta dos rankings. Invicto e com a trocação como arma principal, ele vai atrás do 10º nocaute na carreira contra o americano Jonathan Wilson, no que pode muito bem ser uma luta rápida entre dois atletas de mãos pesadas.