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Peso-pesado falou sobre nova fase da vida, dinheiro e próximos passos no UFC
Já faz quase um mês que Junior Albini, o "Baby", usou a força de suas mãos para derrubar Timothy Johnson em 2m51s de luta no UFC Long Island. A primeira vitória no Ultimate, em 22 de julho, veio acompanhada de um bônus de US$ 50 mil pela Performance da Noite e da estreia entre os TOP 15 no ranking oficial do peso-pesado.
Mas se engana quem pensa que, passadas algumas semanas, o lutador de 26 anos já está acostumado com essa fase nova de sua vida e carreira.
"Estava até conversando com o John Lineker (peso-galo do UFC) sobre isso: ainda não caiu a ficha. Eu tenho noção do que foi a luta, do que foi tudo, mas é bem doido o sentimento", disse em conversa com a reportagem do UFC Brasil.
"Eu nunca tinha ido a um UFC, nem como córner, nem para assistir. Então na primeira vez, mais do que lutador, eu estava vendo tudo como fã. Era um mundo novo, e lutar novamente vai me dar uma certeza maior de que estou dentro da organização mesmo". Mas além de toda a glória no esporte, veio também a estabilidade. Em depoimento emocionante depois do combate, Albini contou que não havia recebido um centavo para fazer suas últimas nove lutas, e revelou que usou parte do dinheiro provido pelo UFC para comprar brinquedos para sua filha de dois anos, que até então usava caixas ou embalagens vazias de xampu para se divertir.
É claro que o dinheiro é bom, especialmente quando se trata de dar conforto para a família. Mas o lutador de Paranaguá (PR) garante que sua vontade de competir é muito maior que o desejo de rechear a conta bancária.
"A minha estreia profissional foi aos 18 anos, mas eu já tinha algumas lutas amadoras de boxe e muay thai. Sempre gostei de competir, e isso vai muito além do dinheiro. Se a minha motivação fosse só financeira, eu não teria chegado nem perto", disse. "Para mim, estar no UFC, lutar bem e ganhar é maior que qualquer dinheiro ou bônus. É o que amo fazer. Quando estou em casa, estou pensando em luta, vendo luta. Há cinco anos eu só assistia, e agora estou dentro. É a realização de um sonho".
E depois de uma estreia tão bem sucedida, qual é o próximo passo? "Baby" garante que não quer apressar as coisas.
"Quero voltar a lutar logo. Acredito que dei um passo grande na organização, então estou focado em ficar pronto. Sou bem novo para a categoria, preciso de mais experiência lá dentro, sentir mais o clima. Como a gente disse agora, ainda não caiu a ficha, então preciso me ambientar melhor, e lutar para chegar no meu objetivo final, que é o cinturão da categoria. Mas tudo com muita calma e sem pressa", declarou.
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