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Um novo mundo para a divisão peso-galo feminina

O que esperar da categoria em 2017?


Que comece o reinado. Não é justo dizer que Amanda Nunes não havia se estabelecido como a legítima campeã peso-galo antes do dia 30 de dezembro, porque ela havia.
Mas, para muitos espectadores que assistiram a dança das cadeiras na divisão dos galos desde que Ronda Rousey perdeu para Holly Holm em novembro de 2015, o nocaute de Amanda em 48 segundos sobre Ronda consolidou a “Leoa” como a rainha da divisão.
Leia também: Em números, a história da divisão | 10 melhores lutas de janeiro | Todas as trocas de cinturões de 2016 | Nina prevê longo reinado de Amanda | Ronda quer tempo para refletir
Agora é que começa a diversão, e também as dúvidas. Será que Nunes terá um reinado de três ou mais anos, como Rousey, ou haverá alguém vindo do nada em 2017 para destroná-la? Será que Rousey vai voltar à forma que fez dela a campeã intocável? Será que Miesha Tate vai voltar? Será que alguma das jovens forças da divisão vai chegar lá? Ou alguma veterana será a maior ameaça de Amanda?
Seja lá quais forem as respostas, 2017 deve apresentá-las, e a primeira pergunta será respondida já no final deste mês, quando a número um no ranking, Valentina Shevchenko, e a número dois, Julianna Pena, se encontrarem em Denver.
Que os jogos comecem…
A CAMPEÃ
Se você não esteve prestando atenção, aqui vai um aviso: Amanda Nunes sempre foi tão boa assim. Quando chegou ao Strikeforce em 2011, havia um burburinho de que ela chegaria ao topo quando quisesse. Isso não aconteceu, e Amanda enfrentou dificuldades ao se mudar para os Estados Unidos, trocou de equipe e, eventualmente, encontrou a consistência.
Desde que isso aconteceu, ela tem mostrado todo o potencial que os especialistas sempre viram nela. Cinco vitórias consecutivas, quatro por interrupção, triunfos sobre duas ex-campeãs mundiais e uma medalhista olímpica. Amanda Nunes é para valer, e ela pode permanecer no topo por muito tempo.
A PRÓXIMA NA FILA
Presume-se que a vencedora do duelo de cinco rounds na luta principal do UFC Denver entre Valentina Shevchenko e Julianna Pena vai ter a chance contra Amanda, e seria justo, dado o retrospecto das duas lutadoras e a ausência de alguém que mereça mais o title-shot. Então, quem vence, e o que acontece depois? É uma luta difícil de prever, com a versatilidade de Shevchenko e a tenacidade e garra de Julianna.

“A Vixen Venezuelana” é ótima em criar maneiras de vencer. Shevchenko provou em sua vitória sobre Holly Holm que está pronta para tudo na noite da luta, e ela também pressionou bastante Amanda Nunes no confronto no UFC 196, quando perdeu por decisão dos jurados. Shevchenko pode permitir que a distância encurte, e, na curta, Pena geralmente cresce. Será interessante vê-las por 25 minutos.
Quanto ao futuro, baseado na primeira luta, que foi mais tática do que qualquer coisa, Nunes x Shevchenko 2 não é tão intrigante quanto Nunes x Pena, e Pena consegue vender a luta mais do que a maioria. Mas o dia 28 de janeiro vai nos dar as respostas.
AS VETERANAS
Com Holly Holm e Germaine de Randamie escaladas para lutar pelo cinturão inaugural do peso-pena na luta principal do UFC 208, o caminho está aberto para diversas veteranas correrem atrás de uma disputa de título, algo que não parecia muito possível quando Rousey estava esmagando desafiantes por todos os lados.
No topo da lista estão Cat Zingano, Sara McMann e Liz Carmouche. Carmouche é provavelmente a mais distante, após um longo período afastada que terminou com vitória sobre Katlyn Chookagian no UFC 205, mas Zingano e McMann provavelmente estão a uma ou dias vitórias de pensar em cinturão, e, se existe uma vantagem entre elas, está com Zingano, que possui uma vitória sobre Amanda em 2014, que a brasileira certamente gostaria de vingar.

Mas McMann tem mostrado seu melhor no UFC recentemente, então não tire ela da conta de uma disputa de cinturão em 2017. Além disso, quem está chegando quieta no Top 5 é Raquel Pennington. Esta é uma lutadora que já competiu no UFC com um cartel negativo, mas desde a derrota por decisão dividida para Holly Holm em 2015, “Rocky” está 4-0 com vitórias sobre Jessica Andrade, Bethe Correia, Elizabeth Phillips e Miesha Tate.
O que faz dela mais assustadora ainda é que ela não vai aparecer com movimentos espetaculares, mas tem bons fundamentos e pode anular você. Antes que você perceba, você perdeu. Pennington é alguém para ficar de olho em 2017. Também vai ser interessante ver o que Leslie Smith, Alexis Davis, Bethe Correia, Lauren Murphy, Marion Reneau e Jessica Eye farão nos próximos 12 meses.
A REPESCAGEM
Pode me chamar de louco, mas apesar de eu entrar nos eventos de graça, eu pagaria para ver uma terceira luta entre Rousey e Tate. Eu sei que Tate se aposentou e Rousey vai tirar um tempo para decidir seu próximo passo, mas se Ronda voltar, o que seria melhor que uma luta contra sua maior rival, que, tenho certeza que se motivaria a deixar a aposentadoria por uma chance de encarar alguém que a derrotou duas vezes.

Mas mesmo que Rousey x Tate 3 não aconteça, ver uma das duas de volta à ação empolgaria os fãs do UFC. Tate foi campeã mundial em 2016. Não é como se ela tivesse envelhecido em suas últimas duas lutas. Contra Amanda, ela bateu de frente com um caminhão, e contra Pennington ela simplesmente não parecia motivada. Acontece.
Mas não acho que ela não tenha mais nada para mostrar. Quanto à Ronda, acredito que alguém tão competitiva como ela tem sido ao longo de sua vida não vai deixá-la ir embora após uma derrota. Ainda há mais para fazer, e esperamos que seja nos próximos 12 meses. De qualquer forma, apesar de toda a ação acontecendo na divisão peso-galo, os nomes de Rousey e Tate ainda não desapareceram da paisagem.
AS ESTRELAS DO FUTURO
Por muito tempo, a divisão peso-galo esteve em um ponto em que foi Rousey contra todo o resto, com a então campeã varrendo toda a competição na categoria, que tinha poucas, se alguma, grande promessa. Mas, com o início de 2017 vêm alguns bons nomes que podem chegar ao topo mais rápido do que se pensa.
E a melhor parte de lutadoras como Irene Aldana, Katlyn Chookagian, Lina Lansberg, Veronica Macedo, Ketlen Vieira e Kelly Fasholz é que elas não tem medo de ir para a briga quando o octógono se fecha, o que possibilita vários confrontos interessantes entre elas mesmas, e contra algumas das veteranas da divisão, fazendo com que todos os olhos se voltem para o peso-galo.
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