Pular para o conteúdo principal
/themes/custom/ufc/assets/img/default-hero.jpg

Uma nova versão de Paulo Thiago surge no UFC 106

Apesar do recorde imbatível, quando Paulo Thiago apareceu para lutar no UFC 95 em fevereiro, muitos pensaram que ele não teria chance contra Josh Koscheck, um dos principais lutadores do UFC. Mas no primeiro round, aos 3:29, Thiago puniu Koscheck com uma combinação perfeita – um uppercut seguido de um gancho – que derrotou o participante do The Ultimate Fighter e deu ao brasileiro a vitória na sua estreia pelo UFC, acabando assim com o estigma de ser uma escada para Koscheck.

A segunda aparição do brasiliense no Octágono, na luta contra o ex-desafiante da categoria meio-médio e desafiante Jon Fitch, foi igualmente difícil. Dessa vez, Thiago foi observado por várias pessoas por conta do “Nocaute da Noite” no UFC 95. Logo, se contra Koscheck ele era considerado o azarão, antes de encarar Fitch no UFC 100, em julho, Thiago viu algumas apostas irem a seu favor, contra o segundo representante da American Kickboxing Academy que iria enfrentar. Mas depois de ser dominado por boa parte do combate, o brasileiro de 28 anos perdeu a sua primeira luta em quatro anos e 12 disputas por decisão unânime.

 

“Eu não sei de outros lutadores que tenham enfrentado dois grandes atletas como eu fiz nas minhas duas primeiras lutas”, disse Thiago. “Eu acho que eu fiz alguns ajustes no meu jogo que não foram bem sucedidos contra Fitch. Mas eu também não posso tirar os méritos dele como lutador e sua experiência dentro do Octágono. Essas foram duas inquestionáveis vantagens para ele na luta”.

 

Dois combates, duas situações diferentes. E agora que ele se prepara para a sua estreia no UFC 106 contra o novato Jacob “Christmas” Volkmann, Thiago parte para s sua terceira luta no UFC com mais uma nova situação. Se contra os dois membros da AKA ele passou de simples desconhecido para um destaque, contra Volkmann ele vê a história se repetindo a sua frente ao enfrentar um “calouro” do UFC com um recorde perfeito de 9-0.

 

“Eu vejo pequenas semelhanças nas duas ocasiões, porque Koscheck e eu temos histórias diferentes”, disse Thiago, discordando das comparações. Thiago - que teve que alterar a sua preparação para a luta, pois inicialmente iria encarar o compatriota e oponente no meio-médio Thiago Alves, um agressivo lutador de Muay Thai que teve que ser afastado por conta de uma lesão no joelho – não está subestimando Volkmann, apesar de seu status de calouro no UFC.

 

“Não podemos subestimar nenhum lutador, seja ele estreante ou não”, disse Thiago. “Se ele assinou com o UFC, é porque Zuffa teve um bom motivo para isso. Além disso, caras que estão lutando nesse show pela primeira vez não têm nada a perder, eles podem se arriscar mais, principalmente contra participantes veteranos. Nós já vimos situações desse tipo dezenas de vezes”.

 

Durante os cinco meses logo após a sua última luta, Thiago teve a oportunidade de visitar e treinar em dois dos melhores centros brasileiros atualmente, Nova União e Minotauro Team, no Rio de Janeiro. E, segundo ele, isso não ter a ver apenas com treinamento, mas com variedade.

 

“Ambos os times são fantásticos. Eu entendi a razão pela qual eles são considerados centros de alto nível e o motivo pelo qual seus atletas são os melhores. Essa é a forma de se forçar a adaptar o seu estilo a novos desafios e obstáculos, e eu alcancei meus objetivos. Eu treinei algumas vezes Muay Thai na RKT com Guto Inocente e seu pai Carlinhos e esses exercícios intensos, na minha academia também, são fundamentais para a evolução de um lutador. Na minha opinião, aqueles que se fecham nas suas academias, por acharem que aquilo é suficiente, estão destinados à inércia e estagnação”.

 

Ciente do que ele deve fazer em sua terceira luta no UFC, Thiago, que lutará pela primeira vez a parte preliminar do UFC card, irá para Las Vegas como um lutador melhor, não importando se o seu adversário será um favorito ou um novato.

 

“Minha mente talvez seja o meu ponto mais forte, com a capacidade de concentração e meu foco nos objetivos”, diz ele. “Eu estou consciente que cometi erros na minha última luta, não apenas no combate, mas na preparação, o que influenciou todo o resultado. Mas esses são erros que eu reconheci e não acontecerão novamente. Eles serviram como experiência e minha única expectativa para essa luta é gerar um grande show para o público e ser cada vez melhor. Então, esperem uma nova versão de Paulo Thiago no UFC 106”.