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"Não sei se será o tempo todo no chão, mas o final vai ser. O Brookins é bom, mas eu sou melhor." - Vagner "Ceará" Rocha
Vagner "Ceará" Rocha se prepara para lutar pela terceira vez no Octógono, e primeira vez como peso pena, no UFC: Sanchez vs. Ellenberger, no dia 15 de fevereiro, em Omaha, NE. Para alcançar a segunda vitória, não vai ter vida fácil. Pela frente do brasileiro estará o campeão da 12ª temporada do The Ultimate Fighter, Jonathan Brookins. Mas grandes desafios são exatamente o que Vagner (7-2-0) gosta. Basta lembrar da sua primeira apresentação na organização, contra o experiente Donald "Cowboy" Cerrone.
"Recebi a ligação com a proposta da luta contra o Cerrone, um lutador muito bom e com bastante experiência, com apenas 30 dias de antecedência." Disse Ceará. "Claro que aceitei. Fiquei preocupado, mas percebi que o UFC é muito bem organizado e que o que eles querem é ver você dar o melhor dentro do Octógono."
Apesar das dificuldades previstas para esta primeira chance no evento, Vagner sabia que não era uma oportunidade a ser desperdiçada. A vitória não veio, mas a permanência no UFC abriu um horizonte de oportunidades o lutador friburguense radicado na cidade americana de Pembroke Pines, FL.
"O Ultimate é o top da industria do MMA. Qual atleta não gostaria de ser contratado por eles (pela organização)?" Vagner pergunta para completar em seguida. "Claro que foi muito importante para mim, até porque uma das principais razões de eu ter começado a treinar jiu-jitsu foi um dia estar lá."
O revés na estreia não desanimou Vagner, nem mesmo a pressão por buscar o triunfo de qualquer forma na segunda luta o atrapalhou. Pelo contrário, ele soube tirar lições das situações complicadas. No UFC Fight Night 25, em setembro do ano passado, restou a Cody Mackenzie pagar por isso, finalizado com um mata-leão.
"Também tenho aprendido com os meus erros. Para a segunda luta, eu sabia que tinha que sair vitorioso de lá. Treinei bastante, mas com o Cody eu sabia exatamente como fazer para ganhar."
Agora vem pela frente Jonathan Brookins (13-4-0). Assim como Vagner é um finalizador – são cinco finalizações no cartel -, Brookins também tem grandes habilidades no chão, tendo definido oito vezes neste quesito, principalmente através dos estrangulamentos. A expectativa é de que a luta realmente acabe no solo.
"Não sei se será o tempo todo no chão, mas o final vai ser. O Brookins é bom, mas eu sou melhor", dispara o habilidoso faixa preta.
Vagner é treinado por um dos melhores grapplers do mundo, Pablo Popovitch, campeão de torneios como o ADCC. Já que o próximo combate deve se desenrolar no chão, ele acredita estar em vantagem. Entretanto, se tiver que trocar chutes ou socos, também vai se sentir em casa, já que vem buscando melhorias com nocauteadores natos como Luiz "Banha" Cané e Edson Barboza.
"Treinar com o Pablo faz com que o meu jiu-jitsu ficasse mais afiado. A luta contra o Cerrone perdi por decisão dos jurados, e a contra o Mackenzie eu finalizei", ele disse. "Meu jogo de trocação está melhorando, piorando não pode (risos)! Tenho treinado bastante em pé e no chão e estarei pronto."