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Entrevistas

Virna Jandiroba celebra vitória em Vegas e avisa: "Sinto que tenho o poder de nocautear"

Brasileira, que ganhou por TKO, mira retorno em setembro

Se você assistir a um vídeo de melhores momentos da vitória de Virna Jandiroba sobre Kanako Murata no UFC Vegas 29, pode pensar que a brasileira ganhou com uma finalização.

Afinal, as imagens da “Carcará” com um armlock muito bem encaixado rodaram a internet. Mas o movimento que aconteceu no primeiro round só levou a luta ao fim no intervalo entre os rounds 2 e 3, quando a japonesa foi examinada por um médico que interrompeu o combate.

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Virna Jandiroba aplica chave de braço em Kanako Murata no UFC Vegas 29

“Eu digo que foi uma finalização a médio prazo, porque não pegou naquela hora”, disse Virna em conversa com a reportagem do UFC Brasil poucos dias após o duelo.

Oficialmente, a vitória foi um nocaute técnico. Nos momentos em que a luta transcorreu em pé, a brasileira foi claramente superior – acertando fortes golpes e até causando um grande inchaço no rosto da adversária.

Segundo a própria “Carcará”, esse combate pode ser considerado um divisor de águas em sua carreira.


“Estou bem satisfeita [com a minha performance]. Acho que foi uma das lutas que eu consegui me expressar melhor tanto em cima quanto embaixo. Embaixo muita gente já me viu lutando, mas eu queria também fazer isso em pé. Eu queria mostrar a minha evolução em pé porque estou treinando bastante. Gostaria muito de ter finalizado de fato, mas foi ótimo. Vamos voltar e continuar o trabalho”.

Ex-campeã do Invicta FC e integrante do Top 15 da sua categoria no UFC atualmente, Virna tem um currículo e tanto. Ainda assim, a peso-palha afirma que está descobrindo e evoluindo em novas facetas de seu jogo.

“Eu passei muito tempo como a Virna do jiu-jítsu, até para mim mesma. Eu também me classificava dessa maneira, não tinha confiança para trocar, apesar de a gente treinar bastante essa parte. Me reinventar dessa maneira, descobrir novas coisas, é maravilhoso. Eu penso que a gente já tinha uma arma muito forte, que é o jiu-jítsu, e chegamos tão longe. E vamos aprendendo outras coisas. Estou bem feliz com esse aprendizado e aberta a receber o novo”, declarou. O momento de virada, segundo ela mesma, aconteceu em sua luta anterior – uma derrota por pontos para Mackenzie Dern em dezembro passado.

“Na luta com a Mackenzie, por exemplo, eu decidi que faria uma luta em pé por três rounds, e eu acho que aquela luta me transformou. Foi uma virada de chave. Acho que o fato de ter feito trocação por três rounds me fez virar essa chave e reconhecer o poder das minhas mãos. Eu ainda estava meio tímida naquela luta, e aí eu senti o peso das minhas mãos. Eu já sentia que eu tenho a mão pesada, mas precisava alinhar isso. Agora, com essa experimentação, eu sinto que eu tenho o poder de nocautear. E eu vou utilizar esse poder com certeza”.

Em suas redes sociais, Virna compartilhou algumas possibilidades de próximas adversárias, como Nina Nunes, Michelle Waterson e Claudia Gadelha (“Os três nomes são muito bons, então os três me interessam”). Mas para a brasileira, a adversária não é tão importante quanto voltar ao Octógono.

“Eu disse que estava pronta para fazer mais duas lutas esse ano. Acho que setembro seria uma boa para eu me preparar, mas estou dentro e pronta para quem o UFC me oferecer”.

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