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Vitor Miranda: 'Experiência falará mais alto que a juventude'



Experiência de luta e de vida não faltam para Vitor Miranda. Aos 35 anos, ele encara Antonio Carlos Junior na final do TUF Brasil 3, sábado, no Ginásio do Ibirapuera, e terá chance de premiar a carreira com a assinatura do tão sonhado contrato com a organização. 

Além das 12 lutas de MMA (nove vitórias e três derrotas), Vitor é um kickboxer da pesada com diversos títulos nacionais e internacionais. O catarinense radicado no Rio de Janeiro ficou conhecido na casa como 'Lex Luthor', o supervilão das histórias do Superman.

Nesta entrevista para o site do UFC, colocou a extensa vivência no mundo dos esportes de combate como fator providencial para o desafio da vez. 

Você era um dos caras mais experientes da casa, já disputou muitos torneios de MMA e outras modalidades. Ainda fica nervoso com alguma coisa?

Fico apreensivo, não tem como não mexer na adrenalina. Mas tenho bom controle sobre o nervosismo, sei como baixar a respiração e me manter sereno. O medo tem de caminhar junto com você o tempo todo. Só assim você não perde a noção de realidade.

E como foi para um cara de 35 anos lidar com a ‘molecada’ na casa do TUF?

Achei o pessoal bem maduro desta vez. Todo mundo tranquilo, bem decidido. Teve um ou outro mais novo, mais ‘espoleta’, mas não invadiam o espaço de ninguém. Estava todo mundo focado no mesmo objetivo.

Contra o ‘Cara de Sapato’ vai ser duelo 'striker x grappler' direto e reto. O que espera disso?

Lutar é impor estilos. Quem conseguir fazer isso melhor vai vencer. Não tem muito segredo.  No MMA, temos de aprender a lidar com as mais diversas possibilidades, são muitas maneiras de vencer. Sou bom em pé, ele é bom no chão. Ele é melhor no que sou ruim, e por aí vai. Aí a coisa começa a se definir nos detalhes técnicos e físicos. Cada um deles vai fazer a diferença.

‘Cara de Sapato’ tem apenas três lutas profissionais de MMA. Dá para tirar algum proveito disso? 

Acho que pesa positivamente pra mim. Sou acostumado a grandes batalhas, contra caras duros. Já passei muita coisa dentro de ringue ou arena de luta. Acho que se ele não resolver a luta no começo, vou começar a crescer mais e mais.

A estratégia será cadenciar mais então?

Sim, mas como disse, tudo vai depender da ocasião. Se não der certo, tento outra coisa. Ele ('Cara de Sapato') provou que merecia estar na final e também vai fazer de tudo pra vencer.

Você contou um episódio de vida tocante no programa (o filho de 4 anos de Vitor morreu afogado em uma piscina), que repercutiu bastante. Serão emoções dobradas na noite da luta?

Com certeza. Meu filho estará sempre comigo.