Pular para o conteúdo principal
/themes/custom/ufc/assets/img/default-hero.jpg

Wagner Caldeirão – Tentando escrever uma história (ainda) melhor

“É uma estreia difícil, sei disso. Mas acho que não seria diferente contra qualquer um, pois não há ninguém bobo no UFC.” - Wagner Caldeirão

Wagner Caldeirão se prepara para a luta mais importante da vida. No dia 4 de agosto, o lutador forma o time de quatro brasileiros no card do UFC: Shogun vs Vera, em Los Angeles, ao lado de Maurício Shogun, Lyoto Machida e Rani Yahya.

Será a estreia de Caldeirão no UFC e, pela frente, o brazuca terá um adversário duríssimo, Phil Davis, que conta com nove vitórias e apenas um revés. Um oponente que poderia intimidar qualquer um, mas não é o que sente Caldeirão que, invicto em oito lutas, nocauteou em sete oportunidades, cinco delas no round inicial.

“É uma estreia difícil, sei disso. Mas acho que não seria diferente contra qualquer um, pois não há ninguém bobo no UFC”, disse Caldeirão. “Para mim é ótimo, porque já vou enfrentar um top 5 da categoria. Se ele não tivesse perdido para o Rashad Evans na última apresentação, ele teria disputado o cinturão. Confio no meu treinamento. Quando fecha aquela grade, será apenas eu e ele ali dentro.”

Com dois nocautes e três finalizações nas nove vitórias, Davis tem como principal habilidade o wrestling, possui um perigoso jogo de quedas que costuma atrapalhar os oponentes.

“Tecnicamente, ele é muito bom de wrestling. Mas a luta não acaba depois da queda, posso trabalhar o meu jiu-jitsu. Penso nesta parte do jogo dele, mas também no que eu posso fazer. Sou um nocauteador nato, todos na Team Nogueira dizem que a minha mão é uma das mais pesadas.” Comenta o brasileiro. “Botando na balança, é 50% de chance para cada lado. Se eu encaixar o meu jogo, venço. Se ele aplicar o dele, ele vence.”

Caldeirão tem uma história inusitada. Desde criança, o lutador, da cidade de Campinas (SP), era apaixonado por artes marciais. No entanto, só pôde começar a praticar depois dos 19 anos. Não começou a treinar muito novo, mas o talento falou alto. Depois de iniciar no muay thai, veio a primeira chance no MMA e, para o desafio, treinou jiu-jitsu por apenas um mês. Caldeirão participou de um GP e nocauteou os três adversários. Mais a frente, destino fez com que participasse do quadro “Lata Velha”, na TV Globo, em que Luciano Huck reforma carros em péssimo estado. Ao saber da história de Caldeirão, o apresentador aprontou uma surpresa: um teste no CT dos irmãos Nogueira, no Rio de Janeiro.

“Não acreditei! Tive o carro reformado e ainda fiz este teste! Passei e na Team Nogueira, ao lado dos irmãos Minotauro e Minotouro, pude lapidar o meu jogo”, conta. “Antes mesmo de conhecê-los, já era um grande fã. Sempre os tive como exemplo e, depois de estar com eles mais de perto, essa admiração apenas aumentou. Para mim eles representam garra, coragem, esperança. Me inspiro neles.”

Wagner foi sondado para lutar no UFC, mas uma lesão o afastou. Sem perder o foco, voltou a impressionar com um nocaute no Max Fight, em abril deste ano, contra Wellington Guilherme.

“Estava querendo o UFC, sabia que teria a chance. Com a contusão que me afastou na primeira oportunidade, senti a pressão de não perder e, assim, acabar não tendo outra oportunidade.” Revelou o membro do Team Nogueira. “Consegui nocautear no Max Fight e tudo deu certo. Agora vou ter a minha chance, e não vou desperdiçá-la.”