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Finalista do TUF Brasil 3 teve atuações bombásticas no programa
“Deus que fez, Deus que fez. Quem não acreditou. Tô na final do TUF Brasil 3!”
O bordão grudento retratou a satisfação Warlley Alves, 23 anos, quando alcançou a luta derradeira que logo mais pode garantir a assinatura do contrato com o UFC.
Integrante do Team Sonnen no reality show, o mineiro radicado no Rio de Janeiro teve três atuações bombásticas e foi o primeiro a garantir vaga na decisão entre os médios. Com seis combates profissionais no MMA, o representante da X-Gym concedeu entrevista ao UFC Brasil, onde comentou performances e experiências, além da lesão na mão que manteve 'oculta' durante a empreitada na casa.
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Contra quem você quer lutar a final? Márcio Lyoto ou Ricardo Demente?
Tanto faz. O Demente é um grappler de elite e deve complicar bastante se me alcançar na final. Mas estou acostumado a lutar com gente tentando me botar para baixo o tempo todo. O Lyoto é um striker cheio de técnica, é um cara muito duro. Já temos uma estratégica geral traçada, que vai ser adaptada assim que soubermos o tipo de adversário que vier pela frente.
Muitos treinadores dizem que o segredo da boa estratégia está na simplicidade. É o seu lema também?
Com certeza, não tem muito o que inventar além do básico. A gente sempre está na pilha dentro do octógono e tem de absorver orientações à risca. Se você não estiver centrado e souber lidar com a adrenalina, pode jogar tudo ladeira abaixo.
Suas atuações foram intensas no TUF Brasil 3, com estilo muito refinado pra quem tem apenas seis lutas profissionais. Qual o segredo?
Acredito muito nas minhas crenças. Sempre vou para o octógono como o Davi que tem de enfrentar o Golias. E pode vir qualquer outro gigante. Ainda tenho uma surpresa guardada para esta final, um objeto de estimação que sempre levo e exemplifica bem isso. Vetaram para usar na casa do TUF, mas na final está liberado. Garanto que todos vão curtir.
O TUF exige muito fisicamente, as lutas acontecem em curto espaço de tempo. Você teve alguma dificuldade com isso?
Uma coisa que ninguém soube foi que tive uma microfratura no segundo metacarpo da mão direita durante o combate, contra o Wendell Negão. Escondi a lesão, morri de medo de ser cortado e tratei (a mão) escondido, de leve. Foi complicado, ninguém sabia, e eu só podia usar o cotovelo. Mas no fim administrei bem a situação e tudo deu certo.
Você é meio-médio de origem, mas lutou como médio no TUF. Se assinar contrato pretende voltar a competir nos 77kg?
Com certeza gostaria de voltar, é melhor para meu biotipo. Já sou pequeno pra 77kg, imagina pra 84kg, onde os caras estão cada vez mais enormes (risos). Na verdade não tem muito o que escolher. Os caras estão cada vez mais 'secos' e fortes. A categoria mais fácil do UFC é aquela que ainda não foi inventada (risos).
E como você os meio-médios do UFC atualmente?
A categoria está toda redesenhada. Me sentiria em casa lutando por lá. Mas vamos ver qual
caminho será o melhor.
O Chael Sonnen te elogiou bastante na casa e insinuou que você rapidamente poderia alcançar o top 15 ou 10 no UFC. Acha que já está nesse nível?
Não, longe disso. Estou em uma fase boa, mas tenho ainda muito o que aprender. Tenho a sorte de treinar com caras duros, como o (Ronaldo) Jacaré e o Erick Silva e sou colocado à prova diariamente. Vou deixar desenrolar e ver até onde consigo chegar no Ultimate. Um passo por vez.
Sonnen te surpreendeu como treinador?
Pô, totalmente. As pessoas odeiam o cara por causa do personagem polêmico que ele encarna. Mas ele tem uma leitura de luta muito apurada, soube dosar os treinos muito bem dentro da casa e me ajudou muito, sobretudo no sentido psicológico. Se o Sonnen for mentiroso e não for nada daquilo que passou pra gente lá (na casa), pode premiar o cara com um Oscar de melhor ator (risos).
Já sente saudade da casa do TUF?
Com certeza. A tensão era muito grande em todos os sentidos, mas isso me forçou a ser muito mais centrado nos objetivos. Amadureci muito como lutador e pessoa, fiz grandes amigos. Até viajei e conheci Las Vegas (Warlley foi premiado por alcançar a final). Agora espero dar continuidade com o título e o contrato. Como disse: Deus que fez, Deus que fez. Pra quem não acreditou. Tô na final do TUF Brasil 3!