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Werdum planeja vencer Browne e assistir Miocic x Overeem ao lado de Dana White

Brasileiro faz a luta co-principal do UFC 203, e mira recuperar cinturão dos pesados

Há alguns meses, Fabricio Werdum vivia o melhor momento de sua carreira: com seis vitórias consecutivas, era o detentor do cinturão dos pesos-pesados do UFC e estava prestes a fazer sua primeira defesa de título em seu próprio país.

A noite de 14 de maio não saiu como o esperado pelo brasileiro, que acabou nocauteado por Stipe Miocic ainda no primeiro round da luta principal do UFC 198. Apesar do baque, a derrota foi apenas um percalço, uma fatalidade na carreira do brasileiro, que não se sente desmotivado, nem um lutador pior do que há cinco meses.

“Logo após a derrota foi um período muito ruim para mim, o sentimento de decepção com a minha equipe, com minha família, é uma dor horrível, ainda mais no seu país. Foi tão rápido que mal deu para eu lutar, mostrar que eu estava bem, não tinha nenhuma dor, nenhum machucado. Mas já passou”, disse Fabricio em conversa com a reportagem do UFC Brasil.

O maior incômodo de Werdum, no entanto, não foi nem a derrota em si. Afinal, já são quase 15 anos como profissional de MMA, experiência suficiente para não se abater quando não se está no seu dia.

O que chateou o brasileiro foi o fato de muitas pessoas relacionarem a perda do cinturão a uma de suas mais sinceras características: a irreverência.

“Estou muito bem. Eu não vou mudar. As pessoas associaram a campanha do ‘happy face’ à minha derrota, mas aquela careta é algo que eu faço desde pequeno, não foi algo que eu inventei agora. Eu não vou mudar meu jeito, sou feliz, brincalhão. Eu não tenho sequelas da derrota, não fico pensando o tempo todo naquela luta. O que aconteceu, aconteceu. O Stipe foi melhor que eu naquela noite, mas já passou. Pode confiar, eu estou muito bem”, garantiu o peso-pesado.

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Após a derrota, o brasileiro tirou um tempo para si e para a família, esfriou a cabeça e voltou aos treinos. Logo entrou em contato com o UFC e pediu para marcarem sua próxima luta, “de preferência no mesmo dia do Miocic”: “Disse que queria voltar o quanto antes, porque fiquei na vontade, e eles se surpreenderam”, contou.

O Ultimate atendeu o pedido do ex-campeão: agendou um duelo contra Ben Rothwell como luta co-principal do UFC 203, que seria liderado por Stipe Miocic e Alistair Overeem, em disputa do cinturão dos pesados.

A cerca de um mês do combate, Rothwell sofreu uma lesão e foi substituído por Travis Browne, mudança que obrigou o brasileiro a repensar seu camp.

“Troca de adversário acontece, a gente entende. Quando me avisaram da lesão do Rothwell, eu disse que precisava de um substituto Top 10 para valer a pena”, disse Fabricio, “O Rothwell é mais gordo, alto, forte, então mudamos um pouco a estratégia e principalmente os sparrings. Sempre procuro sparrings que sejam fisicamente parecidos e simulem o jogo do meu oponente”.

Browne e Werdum não são desconhecidos um do outro. Em 2014, os dois se enfrentaram em luta que definiria o próximo desafiante ao cinturão dos pesados que, à época, pertencia a Cain Velasquez.

O que era para ser um duelo de estilos entre o muay thai do norte-americano e o jiu-jítsu do brasileiro acabou sendo um monólogo de Werdum, que dominou “Hapa” durante 25 minutos, em pé e no chão, se sagrando vencedor por decisão unânime.

E de acordo com o brasileiro, a única diferença do primeiro combate para este é que, desta vez, ele não pretende que dure 25 minutos.

“Acho que ele continua igual da outra vez, e eu tenho uma estratégia parecida. Ele é muito perigoso, tenta nocautear sempre, mas imagino uma luta parecida. Só acho que posso, e não vou perder a oportunidade de levar para o chão e finalizar essa luta no chão. Quero ganhar bem para poder desafiar o campeão”, disse Fabricio.

Caso consiga cumprir este objetivo, Werdum já tem planos em mente. Lutando imediatamente antes de Miocic e Overeem, ele sabe que o ‘timing’, aliado a uma performance dominante, podem lhe render um aguardado title-shot. E ele está disposto a fazer o que for preciso para consegui-lo.

“Quando acabar minha luta, se eu vencer, nem vou para os vestiários, já vou ficar por ali e sentar ao lado do Dana White para assistir a luta principal e deixar claro meu desejo de desafiar o campeão”, revelou o “Vai Cavalo”.

Se será Miocic ou Overeem quem o brasileiro desafiará para uma revanche, ele não sabe. Mas acredita que vai depender exclusivamente da atitude do desafiante.

“Acho que se o Overeem entrar como entrou contra o Cigano, com aquela estratégia, ele leva essa luta. Mas ele às vezes entra acuado, com medo, e se entrar assim ele perde”, analisou o brasileiro.
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