Ex-campeão dos leves disputa título interino dos penas no UFC 206, neste sábado
No último mês de novembro, Conor McGregor se tornou o terceiro atleta da história do Ultimate a ser campeão em mais de uma divisão, quando conquistou o título dos leves (após ser campeão peso-pena), e se juntou aos membros do Hall da Fama, Randy Couture e BJ Penn.
Neste sábado, este seleto grupo pode ganhar mais um membro, já que Anthony Pettis, ex-campeão dos leves, enfrentará Max Holloway na luta principal do UFC 206, com o cinturão interino dos penas em disputa.
“É algo para o meu legado, que estou construindo. Comecei nesse esporte querendo ser campeão em uma categoria, e consegui fazer isso tanto no WEC quanto no UFC. Agora, no peso-pena, não será diferente”, comentou Pettis em conversa com a reportagem do UFC Brasil.
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“Showtime” estreou na nova divisão há poucos meses, em agosto deste ano, mas conquistou uma vitória maiúscula sobre o bem rankeado Charles do Bronx e pulou direto para o Top 5 da categoria.
Agora, em sua segunda apresentação no peso, ele poderá enfrentar cinco rounds de ação contra um dos atletas mais embalados do Ultimate - Holloway soma nove vitórias consecutivas -, mas garante que está física e mentalmente preparado para o desafio.
“(Perder peso) Não foi tão difícil desta vez. O primeiro corte foi um teste, e agora estou melhor. Meu nutricionista está comigo há semanas, e isso ajudou. Não digo que posso fazer esse corte para sempre, mas definitivamente até conquistar o cinturão”, disse Pettis, “Lutar por cinco rounds é coisa da sua mente. É claro que o cardio precisa estar lá, e eu trabalho duro durante o camp para isso. Meus sparrings são sempre de seis rounds, mas é uma questão de manter a mente forte. E eu já lutei cinco rounds antes, então estou acostumado”.
E “Showtime” sabe dos riscos que corre contra Holloway dentro do octógono. O ex-campeão dos leves elogiou o ritmo e a determinação do oponente, mas garantiu que se sente mais solto na nova categoria, e que não se deixará intimidar.
“Ele é faminto”, disse Pettis, “Ele vai para cima com o queixo no ar, com a esperança de te acertar. Ele cansa os oponentes por causa da vontade que tem. No peso-pena, o meu tamanho ajuda. Antes eu era mais estratégico e cauteloso, porque os caras poderiam me prensar na grade. Aqui não é assim”.
Oriundo do taekwondo, Pettis já mostrou, ao longo de sua carreira, e também no UFC, que se sente muito à vontade quando a luta vai para o chão - são nove vitórias por finalização no cartel.
E é essa versatilidade que ele espera que seja o fator diferencial no combate deste sábado: “Minha trocação prepara meu grappling. Eles têm tanto medo de trocar comigo que logo vão para o double leg, e ele fará a mesma coisa. Vejo ele tentando ir para o chão comigo de qualquer jeito, deixando o pescoço exposto, e eu vou aproveitar”, garantiu.
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