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Entenda por que Amanda Nunes deve complicar a vida de Ronda Rousey

Brasileira fará sua primeira defesa de cinturão no UFC 207, nesta sexta-feira

Apesar de ser campeã da categoria, Amanda Nunes ainda gera dúvidas em alguns fãs, que acreditam que a desafiante e ex-campeã Ronda Rousey não terá problemas no UFC 207, nesta sexta-feira (30), ao vivo no Canal Combate. Mas essa facilidade toda pode ser ilusória, já que a brasileira tem vários pontos positivos ao seu favor. Ilustramos os quatro principais para você entender que o cinturão dos galos pode continuar no Brasil.
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Tempo sem lutar
Ronda Rousey fazia em média duas lutas por ano, chegou a fazer três em 2015. Mas não pisa no octógono há mais de um ano, quando perdeu para Holly Holm em novembro de 2015. Atletas de alto nível precisam ficar ativos para não perderem o condicionamento físico e mental do esporte, e se tratando de luta esse ponto fica ainda mais sério. Quase todos os lutadores que passam muito tempo parados reclamam quando voltam a luta, sentem o reflexo diferente, os braços ficam pesados mais rapidamente e várias outras coisas. Ronda pode e deve estar em um ritmo intenso de treino, mas é impossível simular a adrenalina e todas as condições de uma luta real dentro da academia. Do outro lado, Amanda Nunes vai para sua terceira luta em 2016, venceu Valentina Shevchenko por pontos e finalizou Miesha Tate.
Força psicológica
Bethe Correia foi nocauteada por Ronda Rousey no UFC 190, em agosto de 2015, mas antes previu que a norte-americana passaria um tempo longe do esporte quando perdesse pela primeira vez. E foi o que aconteceu. Ronda Rousey sumiu não só do MMA, mas também se afastou de qualquer contato com a imprensa e com os seus fãs. O psicológico é um dos fatores mais importantes quando um atleta entra no octógono, e na última luta da ex-campeã ficou claro que ela se frustrou por não conseguir derrubar Holly Holm no primeiro round e acabou nocauteada no segundo assalto. Vale a pena ficar de olho em como Ronda Rousey se comportará nas primeira aparições na semana do UFC 207.

Judô de alto nível
Não é segredo para ninguém que a principal arma de Ronda Rousey é o seu refinado judô, com uma chave de braço muito perigosa. E em um ponto não temos dúvida: ela tem, de longe, o melhor judô do Ultimate. O problema para a norte-americana é que Amanda Nunes é faixa marrom da modalidade - a norte-americana é preta, medalhista de bronze na Olimpíada de Pequim, em 2008 - e sempre fez questão de dizer nas entrevistas que treina exaustivamente as defesas de queda. Falando nisso, a brasileira tem mais sucesso quando o assunto é defender quedas: 73% contra 50%. Amanda é alguns centímetros mais alta que a desafiante, e isso pode ajudá-la a manter o centro de gravidade do seu corpo em uma posição complicada para ser derrubada. Mais um ponto para a brasileira é sua faixa preta de jiu-jitsu: Amanda já mostrou no octógono que tem todas as artimanhas para vencer quando a luta vai para o chão.

Confiança de campeã
Os lutadores costumam falar que o lado psicológico é um dos mais importantes quando está dentro do octógono, e Amanda Nunes está muito embalada. A vitória acachapante contra Miesha Tate foi apenas um ponto do final de tudo que ela vinha fazendo em suas lutas, com chutes rodados, nocautes, mata-leão e várias finalizações. A última derrota da brasileira foi em 2014, em Las Vegas, quando ela foi nocauteada por Cat Zingano. Ela assumiu que sentiu o físico por lutar em Las Vegas e vem fazendo um trabalho especial sempre que se apresenta na cidade.