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2017 começa como o ano do ressurgimento brasileiro

País tem atletas perto do topo em praticamente todas as divisões

Os lutadores brasileiros sempre foram respeitados no MMA, desde a criação do UFC com a família Gracie, passando pela dominação de Rodrigo Minotauro, Wanderlei Silva, Mauricio Shogun e outros na Era Pride, etc.
Há não muito tempo, atletas brasileiros tinham quatro cinturões do UFC simultaneamente - em uma época em que a organização tinha apenas sete categorias. Isso foi logo após a primeira edição do Ultimate em terras brasileiras em mais de 13 anos, no UFC 134, em 2011. O UFC se tornou enorme no Brasil, e os nomes de Anderson Silva e Vitor Belfort, por exemplo, eram tão conhecidos quanto os de qualquer outra celebridade.
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De repente, campeões começaram a ser superados, lutar no Brasil, sendo um estrangeiro, passou a não ser tão intimidante, e, há apenas alguns meses, muitos estavam desacreditados nos lutadores do país. O exército brasileiro parecia enfraquecido. Em 2016, foram 75 vitórias e 65 derrotas no octógono.
Esta não é mais a realidade em 2017. No UFC 208, Anderson Silva e Glover Teixeira reencontraram o caminho das vitórias, enquanto Ronaldo Jacaré e Wilson Reis se colocaram em ótimas posições para disputar o cinturão ainda neste ano. E eles estão longe de serem os únicos com chances de chegarem ao topo em breve.
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Olhando para as divisões femininas, existe uma chance real de vermos mulheres brasileiras campeãs em cada uma das três categorias neste ano. Enquanto Amanda Nunes foi impecável nas vitórias sobre Miesha Tate e Ronda Rousey, e agora terá a chance de se provar novamente contra Valentina Shevchenko em batalha de cinco rounds, uma das maiores estrelas da história do MMA feminino, Cris Cyborg, está apenas esperando a chance de encarar a recém-coroada campeã Germaine de Randamie, em uma chance de se consolidar no topo de uma divisão que ela domina há mais de uma década.
Além disso, há Jessica Andrade, a “Bate-Estaca”, ex-Top 10 na divisão peso-galo, e que vem atropelando a concorrência como peso-palha, chegando ao Top 5 em cerca de seis meses. Aos 25 anos, ela é dona de uma das mãos mais poderosas da divisão, e está próxima de medir forças com uma das campeãs mais dominantes do esporte, a polonesa Joanna Jedrzejczyk.
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“O MMA feminino no Brasil está no ápice”, analisa o embaixador do UFC no Brasil e membro do Hall da Fama da organização, Rodrigo Minotauro, “A Amanda Nunes está na sua melhor fase, pegou confiança e a mão pesada impõe respeito na categoria. A Cris Cyborg é a melhor entre as mulheres, junto com a Amanda, mas a Cyborg tem mais tempo de estrada. A Jéssica é uma guerreira, mudou de categoria no momento certo, se encontrou e se lutar pelo cinturão é porque merece”.

Quando olhamos para as divisões masculinas, a situação é igualmente promissora. O ex-campeão dos pesados Junior Cigano está de luta marcada contra o atual campeão Stipe Miocic - um adversário que ele já venceu - e José Aldo vai tentar unificar os cinturões dos pesos-pena em duelo contra Max Holloway no Rio de Janeiro. Estas são apenas as disputas de título que já estão agendadas.
Quem é que pode dizer que os já citados Wilson Reis, Ronaldo Jacaré, Glover Teixeira e Anderson Silva não conseguirão causar impacto suficiente para conquistarem title-shots em 2017? Ou que Demian Maia já não causou com suas seis vitórias consecutivas, incluindo a mais recente, uma demolição contra o ex-campeão interino Carlos Condit em menos de dois minutos?

Ou até que um dos sete brasileiros atualmente entre os Top 15 no peso-galo - exatamente, metade da lista - não conseguirá uma disputa de cinturão?
Ainda restam 10 meses neste ano e o octógono certamente verá muita ação pela frente. Mas uma coisa é certa: há muito tempo os fãs brasileiros não tinham tantas razões para ficarem empolgados com os atletas do país quanto já têm em 2017.
“Começamos bem o ano, com cerca de 80% de aproveitamento. Se mantivermos assim, vamos disputar com o mundo inteiro”, acredita Minotauro, “Temos uma nação de lutadores, somos um país sólido no esporte. A nova geração está se firmando, e o curioso é saber que temos atletas com pouco mais de 20 anos e que já têm muita experiência no octógono”.
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