Brasileiro enfrenta Alexander Gustafsson neste domingo
Nesta sexta-feira, Glover Teixeira completa cinco anos de sua estreia no octógono do UFC.
Após passar anos demolindo oponentes no circuito regional e sendo apresentado como um talento de elite por seu amigo e parceiro de treinos Chuck Liddell, o burburinho ao redor do brasileiro estava em seu auge quando ele finalmente fez sua caminhada até à jaula para enfrentar Kyle Kingsbury no UFC 148.
Menos de dois minutos depois, Teixeira havia deixado claro que a expectativa iria se concretizar e, agora que ele se prepara para enfrentar Alexander Gustafsson na luta principal do UFC Estocolmo, o potencial desafiante se diz contente com o rumo que as coisas tomaram nos últimos cinco anos.
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“Está bom, eu gosto”, disse Glover sobre seu tempo no plantel do UFC, “Quer dizer, achei que já seria campeão neste momento, mas a vida toma caminhos diferentes e você precisa continuar seguindo em frente e trabalhando duro para realizar seu sonho”.
“Estou feliz como as coisas estão e estou feliz por estar aqui - ainda lutando e buscando meus sonhos”.
Sempre que um lutador chega à certa idade ou um certo número de lutas (ou ambos), começam as perguntas sobre aposentadoria e até quando esse atleta conseguirá competir.
Aos 37 anos, Glover já se deparou com perguntas deste tipo no passado, e já ouviu pessoas questionando seu lugar entre os melhores da categoria quando ele conquistou, através do wrestling, uma vitória suada sobre o menos expressivo Jared Cannonier no UFC 208.
Temido por seu boxe afiado e poder de nocaute, Glover teve uma performance que foi tida como um sinal amarelo para muitos. Mas para o homem que conquistou sua 26ª vitória na carreira naquele duelo, foi apenas uma questão de explorar suas vantagens e seguir a estratégia, algo que ele pretende realizar também contra Gustafsson neste domingo.
“A luta contra o Cannonier foi uma luta em que eu busquei muitas quedas e as pessoas ficaram pensando, ‘Ele não está muito confortável na trocação’”, disse Glover, ciente das críticas sobre sua performance, “Eu estou confortável para trocar, mas é o mesmo que vai acontecer com Gustafsson e que aconteceria com Anthony Johnson: vou trocar com o cara, mas vou usar o wrestling também”.
“Vou tentar levar o cara para baixo e quando ele começar a se preocupar com as quedas, é aí que minhas mãos vão acertá-lo. A verdade é que quero ser um lutador versátil para que ele não saiba o que vou fazer”.
Além de ser um lutador versátil, Glover também quer ser campeão meio-pesado do UFC.
Após chegar perto do objetivo há pouco mais de três anos, ele vê a luta deste final de semana com Gustafsson como uma chance de se consolidar no topo da lista de desafiantes e conquistar um confronto com quem quer que saia com o cinturão do UFC 214.
“Significa muito para mim”, disse o brasileiro sobre a luta de domingo, “Acho que essa luta vai abrir a porta para uma disputa de título; esta é ‘a’ luta. Faz sentido quando o número 2 e o número 3 do mundo se enfrentam, e os outros caras - Jones e Cormier - vão lutar. O vencedor desta luta vai lutar pelo título, certo?”.
Um argumento certamente poderia ser feito de que o vencedor desta luta é o próximo da lista, apesar de o parceiro de treinos de Gustafsson, Jimi Manuwa, não concordar. Mas Glover está na cena há tempo suficiente para saber que tudo o que ele pode fazer é focar na próxima tarefa e deixar as coisas acontecerem, e é exatamente o que ele pretende fazer.
“Meu trabalho agora é vencer o Gustafsson - é uma luta muito importante e acho que é a luta que nos colocará na linha do título”, disse, “Isso é o que eu espero, mas, de qualquer forma, preciso continuar lutando e fazendo meu trabalho”.
Exatamente como ele vem fazendo há cinco anos.
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