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Amanda Nunes ainda tem muito a provar

Campeã peso-galo defende cinturão contra Valentina Shevchenko no UFC 213

O ano de 2016 foi muito bom para a campeã peso-galo do UFC Amanda Nunes, com cada uma de suas aparições acontecendo no maior palco possível, em eventos que cativaram o mundo do MMA.
Ela esteve na luta principal em dois destes shows - sua conquista do título contra Miesha Tate no UFC 200, e sua primeira defesa de cinturão, cinco meses depois contra Ronda Rousey no UFC 207. Ainda assim, mesmo após ampliar sua sequência de vitórias para três, quatro e cinco consecutivas, e alcançar o topo da categoria, seu duelo contra Valentina Shevchenko na luta principal do UFC 213 neste sábado parece a primeira vez que ela está em destaque em uma luta de título.
“Todos sabem como foi a promoção para a luta com a Ronda”, disse Amanda, rindo, “Acho que tive mais atenção contra a Miesha do que quando defendi meu cinturão, quando era campeã. Tive mais atenção como desafiante do que como campeã”.
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Apesar de estar rindo agora, o foco intenso na ex-campeã irritou a brasileira antes do confronto entre elas no último mês de dezembro. Ela entendeu o motivo, mas chegou à luta querendo provar que o tempo de Rousey como força mais dominante da divisão havia acabado, e ela o fez de forma convincente.
Amanda precisou de apenas 48 segundos para defender seu título e dar a Rousey sua segunda derrota consecutiva.
Foi o tipo de performance que consolidou sua posição de campeã, e, se tivesse sido contra qualquer outra pessoa, teria catapultado a brasileira a outro nível de estrelato, mas, como foi contra Rousey, o foco no pós-luta não foi para a campeã. Tudo girou ao redor da desafiante, enquanto as histórias sobre a campeã triunfante e sua impressionante campanha em 2016 ficaram para a página 2.
Como resultado, Amanda chega à sua segunda defesa de título cercada de céticos, ligando com fãs que não estão convencidos de que a mulher que atropelou Tate e Rousey será capaz de dominar a divisão a longo prazo.
“Preciso continuar me provando, preciso continuar vencendo e dando show”, disse a respeito de consolidar seu lugar no topo da categoria para aqueles que ainda não estão convencidos, “Não vai ser fácil; é preciso tempo até que as pessoas percebam ‘Ela é para valer’ ou o que quer que pensem. Demora, mas um dia as pessoas verão que sou a melhor aqui”.

“Acho que o que preciso mostrar é que sou capaz de seguir evoluindo e vencendo; mas está tudo bem por mim”, disse, “Toda minha vida tem sido assim”.
“Isso não me incomoda, porque é o que é. Se você tem que passar por isso, sou mais forte por passar por isso”.
Amanda também tem essa abordagem de “sou mais forte por passar por isso” em relação à sua primeira luta contra Shevchenko.
As duas se encontraram pela primeira vez na primeira luta do card principal do UFC 196 no último mês de março em Las Vegas. Após vencer a ex-campeã do Strikeforce Sarah Kaufman em sua estreia de última hora na organização três meses antes, Shevchenko entrou em sua segunda luta cercada de expectativa e Amanda, que havia conquistado vitórias sólidas, mas nunca chegado à uma disputa de título, parecia o teste perfeito.
Acabou sendo uma luta excelente, na qual o final não conta toda a história.
Apesar de Amanda ter saído do MGM Grand Garden Arena com uma vitória por decisão unânime após dominar as ações nos dois primeiros rounds, Shevchenko se recuperou no terceiro e teve todo o momento a seu favor quando o gongo final soou. Muitos dos que assistiram a luta se perguntaram qual teria sido o resultado caso fosse uma luta de cinco rounds.
“A luta contra Valentina me ajudou”, disse Amanda sobre o primeiro duelo com a mulher que ela enfrentará no sábado à noite, “Nunca havia lutado três rounds, e aquela luta me ajudou a trabalhar em me controlar, controlar minha respiração, essas coisas. Agora, garanto que posso ir por cinco rounds, e aquela luta me ajudou a perceber todas essas coisas, porque nunca havia passado por aquilo. A luta foi muito boa para mim”.

Com o final intrigante da primeira luta ainda na cabeça do público, a chance de vê-las se reencontrarem em duelo de cinco rounds fez desse um confronto empolgante mesmo antes de ser anunciado. E o interesse apenas aumentou quando as duas ficaram frente a frente nos eventos promocionais e conferências de imprensa.
“Acho que é apenas competitividade para mim”, disse Amanda sobre as tensões entre as duas, que chegaram a se encostar ao se encararem em coletiva no último mês de maio, “Mas não acho o mesmo dela; para ela, parece mais pessoal. Eu sou tranquila com essas coisas”.
“O que aconteceu naquela noite aconteceu - não significa que vai acontecer de novo ou que vamos fazer do mesmo jeito, porque foi naquele momento”, explicou, “Às vezes as coisas acontecem em momentos que você não consegue controlar, mas não tenho nada pessoal contra Valentina. Tenho respeito por ela como atleta e acabou”.
Se o sentimento é mútuo, e se os fãs a apoiam como campeã no fim das contas não importa muito para a “Leoa”, porque ela só está focada em uma coisa.
“Estou aqui para fazer meu trabalho, ser campeã e defender meu cinturão”.
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