Brasileiro mede forças com Jordan Johnson pelos meio-pesados nesta sexta
Todas as probabilidades jogavam contra Marcel Fortuna em sua estreia no UFC.
No último mês de fevereiro, o brasileiro foi chamado com duas semanas de antecedência para substituir um atleta lesionado no duelo contra o peso-pesado Anthony Hamilton, um adversário cerca de 22 quilos mais pesado que ele.
Mas isso acabou engrandecendo o brasileiro, que venceu por nocaute no primeiro round e ganhou um grande status dentro da organização.
“Aquela luta foi de bastante pressão, entrei de última hora contra um cara mais pesado, foi de muita concentração e foco na luta”, contou Marcel em entrevista à reportagem do UFC Brasil, “Eu sabia que seria uma luta que eu teria que ganhar na minha cabeça, então acreditei no meu jogo e na hora que a primeira mão entrou, vi que ele deu uma sacudida e fui com tudo até o nocaute”.
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O que tornou o fato ainda mais impressionante é que aquele foi o primeiro nocaute da carreira do “Mãozinha”, um faixa-preta condecorado de jiu-jítsu, que, até então, havia conquistado cinco de suas oito vitórias na carreira por finalização.
“Venho trabalhando na minha trocação há muito tempo. Treino muay thai há uns seis anos e sempre entrava nas minhas lutas pensando em usar a trocação, mas sempre acabava caindo numa zona de conforto e indo para o jiu-jítsu”, contou, “Essa luta foi ao contrário: entrei pensando que ia fazer jiu-jítsu e acabei usando a minha mão. Isso me deixou muito mais confiante para usar novamente”.
A chance de usar novamente as mãos será nesta sexta-feira, quando Marcel medirá forças com o norte-americano Jordan Johnson, voltando à divisão dos meio-pesados, no TUF Finale.
Johnson também conquistou a maioria de suas vitórias (quatro de sete) por finalização, e, apesar do alto nível de Marcel na luta agarrada, o brasileiro acredita que o norte-americano vá se sentir mais seguro buscando o jogo de solo.
“Acredito que ele vá querer me levar para o chão, porque ele não tem muita experiência na trocação. Ele movimenta, troca um pouco, mas sempre acaba querendo usar o wrestling e levar para o chão”, analisou Marcel, “Acredito que vai ser o que ele vai tentar fazer comigo. Principalmente depois da minha última luta, ele não vai querer trocar comigo, vai querer me levar para baixo e ganhar tentando me finalizar ou amarrando a luta no chão. Estou preparado para evitar esse jogo dele e impor minha trocação”.
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