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Além do octógono - Hora de McGregor e Diaz 3

Por que dois dos maiores rivais do Ultimate deveriam se enfrentar novamente


Até Muhammad Ali e Joe Frazier nos fizeram esperar por uma segunda luta e quatro anos antes de entregarem a “Thrilla in Manila”.
Conor McGregor e Nate Diaz demoraram apenas cinco meses para realizarem a épica e cheia de ação e drama revanche que os fãs comentarão por muitos e muitos anos.
É claro, apenas o tempo dirá se as estrelas do UFC 202 chegarão aos pés de “O Maior” e “Smokin’ Joe”, mas, hoje, os dois lutadores mais atrativos do mundo das lutas residem em Dublin, Irlanda, e Stockton, na Califórnia, e, um dia após a revanche, vencida por McGregor por decisão majoritária após cinco rounds, a única luta que faz sentido para ambos é contra o outro.
“Besteira”, dizem os críticos.
Eles já se enfrentaram por 34 minutos e 12 segundos, podem argumentar. É verdade, mas qualquer luta neste nível pode ser um castigo, e McGregor e Diaz se preparam para tal. Isso não é golfe ou tênis. Isso é luta, e se não for para McGregor e Diaz trocarem socos, José Aldo, Eddie Alvarez ou qualquer outro peso-pena e peso-leve estará interessado em fazê-lo.
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Mas e a divisão dos penas? Essa é uma questão válida para um homem que ainda não defendeu seu cinturão após conquistá-lo em dezembro de 2015, e, como disse o presidente do UFC antes do duelo de sábado, McGregor precisa defender o título ou abdicar dele.
Então, abra mão dele. É claro, McGregor não dominou e limpou a divisão como o cara que ele venceu para conquistar o título, José Aldo, mas ele deixou sua marca quando nocauteou Aldo em 13 segundos. Ele não vai ter uma performance melhor que essa em uma possível revanche, e as chances de ele querer descer para os penas novamente são baixas. Esses são fatos, então por que não deixar o campeão interino José Aldo enfrentar Max Holloway pelo título linear e fazer todo o resto da categoria feliz?

Para Diaz, enquanto uma disputa de título nos leves contra Eddie Alvarez é interessante, ela não deve acontecer, já que Diaz declarou que não vai fazer outra coisa antes de uma terceira luta contra McGregor. E por que não? A melhor luta para ele é contra o cara com quem ele passou o ano de 2016.
Ele também quer. E McGregor quer. E se você é um verdadeiro fã de lutas, você também deveria querer. Eu entendo que trilogias nem sempre satisfazem nos esportes de combate. Ali-Frazier 2 não foi nem de perto tão boa quanto a primeira e a terceira, cada luta entre Cain Velasquez e Junior Cigano foi um domínio completo de um dos lados, e o mesmo vale para as séries entre Tito Ortiz e Ken Shamrock, e entre Chuck Liddell e Randy Couture. Mesmo as grandes trilogias do UFC, como Frankie Edgar-Gray Maynard e Sam Stout-Spencer Fisher tiveram seus altos e baixos.
Mas esse não parece ser o caso aqui. McGregor e Diaz estão ambos no auge fisicamente, as duas primeiras lutas poderiam ter ido para qualquer lado em determinados momentos, e, estilisticamente, eles são feitos um para o outro. Mais importante, após duas lutas, não há o menor indício de que um seja muito melhor que o outro.
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E não ache que por que eles apertaram as mãos ao final da noite, que eles passarão férias juntos. Sim, existe respeito entre os dois lutadores. É preciso que exista. Mas sempre haverá um certo calor entre duas personalidades únicas e semelhantes no que diz respeito à competição. Eles são parecidos demais para serem amigos. Pelo menos por enquanto. Eles só podem ser rivais.
O engraçado é que esse foi um confronto quase acidental, que aconteceu quando Rafael dos Anjos se machucou e Nate Diaz o substituiu. Mas, desde que eles dividiram uma sala, é impossível imaginá-los separados. E, para os lutadores, esta deveria ser a principal razão para que eles se enfrentassem uma terceira vez.

Ali precisava de Frazier. Arturo Gatti precisava de Micky Ward. Erik Morales precisava de Marco Antonio Barrera. E Conor McGregor precisa de Nate Diaz. O dinheiro é bom, os títulos são bons, a atenção da mídia ajuda a tornar tudo mais grandioso. Mas no que diz respeito ao legado, à história, grandes lutadores precisam de um inimigo, uma rivalidade digna de seus talentos, e alguém que os faça chegar ao limite.
Pergunte a qualquer um que viu as duas lutas entre McGregor e Diaz qual cinturão estava em jogo. Pergunte qual ranking estava em disputa, ou quais eram os prêmios para o vencedor.
Nada disso importava. Uma das minhas frases preferidas foi escrita pelo lendário Jerry Izenberg, que disse sobre Ali e Frazier, “Eles estavam lutando para conquistar um o outro”.
É aí que estão McGregor e Diaz hoje. Não importa se nos meio-médios ou nos leves. Não há outros adversários, não há outros desafios. Existem apenas dois lutadores nesta classe, o que leva a mais uma batalha entre o melhor de Dublin e de Stockton.
Um para conquistar o outro.
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