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Pezão comemora treinos com Cigano e aposta em Hunt pressionado no UFC 193

Pesos-pesados fazem revanche de luta que acabou empatada em 2013


Além de duas disputas de cinturão, o UFC 193 terá uma reedição daquela que é considerada uma das melhores lutas entre pesos-pesados de todos os tempos. Antônio Pezão e Mark Hunt se encontram novamente no octógono para a revanche do duelo que acabou empatado em dezembro de 2013 e, desta vez, o brasileiro tem um parceiro de treinos especial: o ex-campeão da categoria, Junior Cigano.

Em conversa com a reportagem do UFC.com.br, Pezão comemorou a preparação ao lado do novo membro da American Top Team, e revelou que Cigano, que nocauteou Hunt em maio de 2013, dividiu algumas dicas para bater o ‘Super Samoan’.

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“Foi muito muito bom! O Cigano chegou numa hora perfeita na ATT, na hora que eu ia treinar pra uma grande revanche, e só me ajudou. Todo treino foi uma luta, a diferença é que a gente estava de luvão de boxe e caneleira. Todo sparring foi uma luta, e eu só tive a ganhar com isso. Ele já lutou com Mark Hunt, me passou muita coisa”, disse.

Neste sábado (14), Hunt, que nasceu na Nova Zelândia mas mora na Austrália, sobe ao octógono em Melbourne com o apoio da torcida, já que é o lutador da casa. Mas isso não incomoda Pezão, que acredita que o adversário entrará pressionado no combate.

“Estou esperando o Mark Hunt vir pro tudo ou nada. Ele vai dar o que tem no primeiro round, fazer uma luta dura, até porque ele vem de maus resultados. Ele está lutando em casa, com certeza ele vai ter uma pressão maior no corpo e na mente dele. Ele vai dar tudo no primeiro round”.

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Confira a entrevista completa:

Você e o Mark Hunt já treinaram juntos, e já se enfrentaram uma vez. Como é entrar no octógono com um adversário com quem você já está familiarizado?

Nós passamos uma ou duas semanas treinando juntos. A gente não tira muita coisa, ele não estava numa condição física boa, assim como eu. Não teve muita coisa pra tirar pelo treino, mas pela luta tivemos. Qualidades e defeitos.. Foram cinco rounds, e isso ajuda muito na hora de montar a estratégia.

Você teve um parceiro de treinos novo para essa preparação, que é o Junior Cigano. Como foi treinar com ele?

Foi muito muito bom! O Cigano chegou numa hora perfeita na ATT, na hora que eu ia treinar pra uma grande revanche, só me ajudou. Todo treino foi uma luta, a diferença é que a gente estava de luvão de boxe e caneleira. Todo sparring foi uma luta, e eu só tive a ganhar com isso. Ele já lutou com Mark Hunt, me passou muita coisa. Ele é um molecão, gente boa demais, alto astral muito bom, energia muito boa, rindo o tempo todo, fazendo piada, mexendo, cutucando, batendo.

O que mudou desde a primeira luta entre você e o Hunt, em 2013?

Mudou bastante coisa de la pra cá. Eu passei por um período ruim na minha carreira profissional até achar o ponto ideal. Encontrei e mostrei na minha última luta, tive uma boa vitória contra o (Soa) Palelei no UFC no Brasil. Hoje eu estou não só treinando fisicamente, mas também tenho o treino mental, o acompanhamento de psicóloga, que me ajuda bastante. Não adianta estar bem só fisicamente.

Você sempre discute a importância da preparação mental antes das lutas. Pode falar mais disso?

A preparação é um conjunto. Não adianta estar bem fisicamente, voando baixo, numa condição física excelente, se a sua cabeça na hora que entrar ali estiver mal. Você joga tudo a perder. Perde toda a resistência física e qualidade técnica. Às vezes eu saio do treino cansado de um sparring duro, e depois tenho horário marcado com a psicóloga, e depois que eu saio dali parece que eu acabei de acordar, estou pronto para outro treino. Todo atleta deveria ter acompanhamento. Assim como temos que treinar jiu-jítsu, wrestling e boxe, temos que treinar a cabeça.

Você acompanhou as lutas que o Hunt fez depois do empate entre vocês?

Acompanhei a luta contra o Fabricio Werdum, e depois a do Stipe Miocic, e ele perdeu as duas. A gente procurou tirar alguma coisa daquelas lutas para poder treinar no dia a dia. Assim como ele tem várias qualidades técnicas, ele tem seus defeitos, e a gente vai procurar tentar tomar cuidado com as qualidades e trabalhar em cima dos defeitos.

O que você espera desta revanche?

Estou esperando o Mark Hunt vir pro tudo ou nada. Ele vai dar o que tem no primeiro round, fazer uma luta dura, até porque ele vem de maus resultados. Ele está lutando em casa, com certeza ele vai ter uma pressão maior no corpo e na mente dele. Ele vai dar tudo no primeiro round.

A primeira luta entre vocês durou cinco rounds. Acha que dessa vez acaba mais rápido?

Treinei bem forte, com excelentes parceiros, e fiz um treinamento para não chegar até o final dos três rounds. Sou um atleta que poucas lutas minhas foram pra decisão, não gosto de decisão porque a gente nunca sabe o que os árbitros podem fazer, até porque estou lutando na casa dele. A minha obrigação é ir e vencer antes do terceiro round.

O UFC 193 vai entrar para a história como recorde de público do UFC. Serão 70 mil pessoas no Etihad Stadium. Como você se sente fazendo parte deste evento?

Para mim é maravilhoso. É uma sensação muito boa poder fazer parte desse grande evento com um card excelente. Estou lisonjeado com mais uma grande oportunidade, e espero poder dar o meu melhor lá dentro, fazer uma boa luta, que é o que eu vou fazer, para retribuir ao UFC e ao publico.