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Top 10: As melhores lutas do melhor mês da história do UFC

Julho terá nada menos que seis edições do Ultimate

Como escolher 10 entre mais de 60 lutas em seis eventos? Como montar uma lista de lutas que os fãs não podem perder entre os dias 1º e 31, e deixar de fora ex-campeões como Cain Velasquez, Johny Hendricks e TJ Dillashaw, que competem no UFC 200, um dos SEIS eventos agendados para o mês de julho?
Como deixar de fora a estreia do peso-leve Will Brooks, o retorno de Cat Zingano, e a tentativa de Tony Ferguson estender sua sequência de vitórias contra o estreante Lando Vannata?
E como deixar de fora o duelo que provavelmente definirá a desafiante ao cinturão, entre Rose Namajunas e Karolina Kowalkiewicz, ou o duelo entre os pesos-pesados nocauteadores Roy Nelson e Derrick Lewis?
O jeito é escrever uma introdução longa o suficiente para mencionar todas estas lutas antes de citar as melhores das melhores.
Aqui estão as 10 melhores lutas deste mês.
UFC Vegas: Dos Anjos x Alvarez (7 de julho – Las Vegas)
Rafael dos Anjos x Eddie Alvares – pelo cinturão peso-leve do UFC

Vitórias consecutivas e algumas circunstâncias ajudaram a colocar Eddie Alvarez no lugar em que ele sempre acaba chegando – em um desafio de cinturão.
Depois de uma dura vitória sobre Gilbert Melendez no UFC 188, o veterano fez uma luta inteligente e tática contra Anthony Pettis em janeiro e se consolidou como um dos principais nomes da divisão. Com Conor McGregor focado em outro lugar, e alguns outros possíveis desafiantes com compromissos marcados, o atleta de 32 anos foi escalado para enfrentar Rafael dos Anjos na luta principal do primeiro evento do mês.
Alvarez terá pela frente um lutador que melhora a cada combate, e vem de uma sequência de excelentes performances, com as quais chegou ao topo da divisão peso-leve. Em dezembro, Rafael se consolidou como o principal nome desta disputada divisão com um atropelo no primeiro round sobre Donald Cerrone, e, se não fosse uma fratura no pé, talvez tivesse sido ele a encerrar a sequência de vitórias de McGregor no octógono.
Independentemente de como a luta se desenrole, seja como uma partida de xadrez, um duelo de luta agarrada, ou trocação franca, esta deve ser uma batalha eletrizante para fechar o primeiro evento da International Fight Week e dar o tom do que virá pela frente este mês.
Leia também: Em números - UFC Vegas
TUF 23 Finale (8 de julho, Las Vegas)
Joanna Jedrzejczyk x Claudia Gadelha – pelo cinturão peso-palha do UFC

Apesar da rivalidade quente na luta principal do UFC 200, da qual falaremos adiante, este duelo pelo título peso-palha fica bem próximo, no segundo lugar, no que diz respeito a atletas que simplesmente não se dão bem e estão contando os segundos para resolver as diferenças dentro do octógono.
Jedrzejczyk conquistou o title-shot com uma polêmica vitória por decisão dividida sobre Claudinha em dezembro de 2015, e ela só melhorou desde então, conquistando o cinturão após dominar Carla Esparza, defendendo duas vezes seu título, e chegando à marca de 11 vitórias e nenhuma derrota até a próxima luta.
A desafiante lutou apenas uma vez desde o primeiro combate entre ambas, na vitória por decisão unânime sobre Jessica Aguilar, no UFC 190, onde mostrou que, embora seu jogo de chão seja seu ponto forte, sua habilidade no boxe não para de crescer.
As duas quase chegaram às vias de fato diversas vezes durante as gravações da 23ª temporada do The Ultimate Fighter, e, após meses de espera, finalmente terão a chance de se enfrentar novamente na próxima sexta-feira, com o cinturão peso-palha em disputa.
UFC 200 (9 de julho, Las Vegas)
Jose Aldo x Frankie Edgar – pelo cinturão interino peso-pena do UFC

Os dois preferiam enfrentar Conor McGregor pelo cinturão linear, mas, enquanto prêmio de consolação, o título interino não é nada mal.
Aldo volta à ação pela primeira vez desde a perda do título para McGregor em dezembro. A derrota em 13 segundos encerrou uma sequência invicta de 18 lutas em 10 anos para o atleta da Nova União, e parece ter acendido uma nova chama dentro do brasileiro, que prometeu retomar seu estilo agressivo de antes do UFC quando pisar no octógono no próximo sábado.
Edgar tem se sentido injustiçado nos últimos dois anos, e descontou essa frustração em uma impressionante lista de vítimas nesse período. Apesar de ter sido campeão dos leves, este talvez seja o melhor Frankie Edgar que já vimos dentro do octógono, combinando as motivações de vingar sua derrota para Aldo e se consolidar no topo da divisão. Não seria uma surpresa ver mais uma performance impressionante de Edgar.
Não menospreze essa luta só por ser pelo título interino. Ela tem toda a capacidade de ser a melhor luta do ano.
Miesha Tate x Amanda Nunes – pelo cinturão peso-galo do UFC

Após a vitória conquistada a duras penas sobre Holly Holm em março, que lhe garantiu o cinturão peso-galo, Miesha defende seu título pela primeira vez em uma luta mais difícil do que as pessoas imaginam contra Amanda Nunes.
Tate parece ser uma das poucas pessoas que está pensando somente nesta luta, e não em possíveis revanches no futuro, e disse em conferência telefônica com a imprensa na última quarta-feira que já viu muitos campeões perdendo rapidamente seus cinturões por se preocuparem demais com o futuro. A obstinada campeã esteve em grande forma em suas três últimas lutas, e tem cinco vitórias consecutivas no octógono, mostrando evolução na trocação, e a capacidade de lidar com qualquer dificuldade, o que foi essencial na emocionante vitória sobre Holly há três meses.
Alguns combates antes, no mesmo UFC 196, Nunes chegou à sua terceira vitória seguida ao vencer Valentina Shevchenko por decisão unânime. Enquanto todos pareciam prestar atenção no gás da brasileira, e em sua tendência a cair de produção no decorrer da luta, poucos estão falando do poder de decidir lutas que Amanda tem nas mãos. Se ela conectar o golpe certo, poderemos ter uma nova campeã, novamente, e a divisão peso-galo estará totalmente aberta.
Brock Lesnar x Mark Hunt
Esta é uma atração especial e promete ser uma das lutas mais intrigantes do ano, no que já deve ser uma noite espetacular.
De um lado, você tem Brock Lesnar – o ex-campeão peso-pesado, que se aposentou do esporte há cinco anos e voltou ao mundo do Pro-Wrestling até perceber que tinha negócios inacabados no octógono, uma vez que a diverticulite limitou sua primeira passagem pelo Ultimate. Um lutador atlético como nenhum outro de seu tamanho, Lesnar busca um novo desafio no maior evento do ano, e é um dos três homens que competiram no histórico UFC 100 e estarão de volta na edição 200.
Do outro lado, você tem Mark Hunt – um dos maiores nocauteadores do esporte; um cara que já esteve próximo de ter seu contrato rescindido, mas optou por se superar e se tornou um dos 10 melhores da categoria. Embalado por vitórias por nocaute sobre Antônio Pezão e Frank Mir, o “Super Samoano” é do tipo que representa uma ameaça para qualquer um com suas mãos devastadoras, mas especialmente para alguém como Lesnar.
Leia também: A história de Brock Lesnar | Os números de Brock Lesnar
Daniel Cormier x Jon Jones – pelo unificação dos cinturões meio-pesados do UFC

Todos estão esperando por esta luta desde que Cormier conquistou o título vago com uma finalização no terceiro round sobre Anthony Johnson no UFC 187, olhou para a câmera e mandou um recado direto para o homem que possuía o cinturão: “Jon Jones, dê um jeito na sua vida! Eu estarei esperando por você!”.
O duelo estava originalmente agendado para o UFC 197, mas Cormier foi obrigado a deixar o card em cima da hora, o que levou Jones a conquistar o cinturão interino com vitória por decisão unânime sobre Ovince Saint Preux em abril. “Bones” pareceu um pouco enferrujado naquela luta, e admitiu que esteve um pouco abaixo de seu nível, mas não espere que isso se repita quando esses dois entrarem no octógono para a última luta do UFC 200.
Cormier esteve em ótima forma conquistando duas vitórias desde a primeira luta entre os dois, e antes de ter o cinturão tomado de si, Jones era o atleta mais dominante e talentoso do esporte. Os dois devem estar nas melhores formas de sua carreira para esta luta, que deverá ser especial.
Contagem regressiva para o UFC 200: Candidatos ao Hall da Fama | Donos do show | Falastrões | Melhores finalizações | It's time! A trajetória de Miesha Tate | O legado de GSP | Melhores nocautes | Melhores eventos | Momentos bizarros | Momentos históricos | Os melhores strikers | As melhores entradas | Maiores surpresas da história
UFC Sioux Falls: MacDonald x Lineker (13 de julho, Sioux Falls, Estados Unidos)
Michael McDonald x John Lineker
O crescimento da divisão peso-galo tem sido uma das melhores histórias do ano, com Dominick Cruz retornando ao topo da categoria com vitórias sobre TJ Dillashaw e Urijah Faber, Cody Garbrandt se consolidado como a principal promessa da categoria, e Bryan Caraway provando que não deve ser desprezado ao superar outra grande promessa, Aljamain Sterling.
McDonald e Lineker batalham para chegarem à parte de cima desta divisão repleta de talentos, e o duelo entre ambos promete ter bastante ação.
Após dois anos lidando com lesões, McDonald voltou à ação no UFC 195, com vitória por finalização sobre Masanori Kanehara. Com apenas 25 anos, o americano já tem uma disputa por cinturão no currículo, tem mãos de dinamite e um ótimo jogo de chão para complementar seu estilo.
Com muitas dificuldades para bater o limite do peso-mosca, Lineker subiu de peso e mostrou que seria um grande nome na nova categoria ao estrear finalizando Francisco Rivera após 60 segundos de pura ação como raramente se viu no octógono. O “Mãos de Pedra” somou a essa performance uma vitória por decisão unânime sobre Rob Font no UFC 198 e já está de volta com a esperança de se consolidar entre os possíveis desafiantes ao cinturão da competitiva divisão dos galos.
UFC Chicago: Holm x Shevchenko (23 de julho, Chicago, Estados Unidos)
Holly Holm x Valentina Shevchenko
Em suas duas últimas lutas, Holm experimentou o céu e o inferno – chocou o mundo com o nocaute no segundo round sobre Ronda Rousey no UFC 193, e acordou do sonho ao ser finalizada nos últimos 90 segundos de sua primeira defesa de título por Miesha Tate no UFC 196.
A ex-campeã mundial de boxe tem agora a chance de voltar ao caminho das vitórias na luta principal do UFC Chicago, que deve ser um excelente duelo de trocação.
Shevchenko estreou com vitória sobre a ex-campeã do Strikeforce, Sarah Kaufman, em dezembro, antes de ser derrotada por Amanda Nunes no UFC 196. A lutadora nascida no Quirguistão, e radicada no Peru, terminou bem a luta contra Amanda, e terá dois rounds a mais para se provar contra Holm.
Apesar de não ter a mesma relevância de outras lutas desta lista, esta é uma luta essencial entre a ex-campeã, já que uma segunda derrota consecutiva pode afastá-la do sonho de recuperar o título, enquanto uma vitória para Shevchenko a coloca bem perto de uma chance.
UFC 201: Lawler x Woodley (30 de julho, Atlanta, Estados Unidos)
Demetrious Johnson x Wilson Reis – pelo cinturão peso-mosca do UFC

“Mighty Mouse” continua a caminhar rumo ao recorde de Anderson Silva, do maior número de defesas de cinturão consecutivas, e coloca o título em jogo pela nona vez contra Wilson.
É sempre interessante ouvir os comentários quando um cara como Wilson Reis recebe o title-shot, porque geralmente eles vêm das mesmas pessoas que constantemente pedem disputas de cinturão para Nick Diaz, e que não fizeram uma reclamação quando Brock Lesnar desafiou Randy Couture após apenas uma vitória sobre Heath Herring no octógono. Às vezes, você está no lugar certo e na hora certa para receber uma ligação da organização.
Johnson vem, provavelmente, da melhor performance de sua carreira – uma vitória por nocaute técnico sobre Henry Cejudo no UFC 197, em luta na qual ele levantou imediatamente após ser derrubado pelo ex-atleta olímpico, desferindo na sequência uma série brutal de joelhadas no corpo e no rosto. Atleta mais completo do esporte na atualidade, Demetrious ficará a uma vitória de empatar o recorde de Anderson Silva caso passe por Wilson.
Robbie Lawler x Tyron Woodley – pelo cinturão meio-médio do UFC
Por último, mas não menos importante entre as principais lutas do mês está o embate entre dois atletas que representam a mesma equipe, a American Top Team – o campeão, Robbie Lawler, que virou sua carreira do avesso desde que chegou à equipe da Flórida, e o desafiante, Tyron Woodley, que entrou na equipe como parceiro de treinos de alguns veteranos e hoje é dono de sua própria franquia afiliada.
Lawler vem de duas lutas que entraram para a história contra Rory MacDonald e Carlos Condit, aumentando para cinco o número de vitórias consecutivas, e dando sequência a uma das reviravoltas mais inesperadas na carreira de um atleta nos últimos tempos. Com um poder de nocaute devastador, um queixo de aço e uma das melhores defesas de queda do esporte, Lawler é um pesadelo para qualquer um na divisão dos meio-médios e não tem a menor intenção de abrir mão do cinturão em breve.
Circunstâncias além do seu controle mantiveram Woodley fora de ação desde a vitória por decisão dividida sobre Kelvin Gastelum no UFC 183. O duelo contra Johny Hendricks em outubro de 2015 acabou não acontecendo, já que o ex-campeão foi levado ao hospital em cima da hora devido a complicações em sua perda de peso, e o confronto certo acabou não aparecendo para levar Woodley de volta ao octógono.
Tyron precisará estar em sua melhor forma se quiser levar o cinturão para casa. Quando ele está nos seus melhores dias, ele mistura mãos rápidas e poder de nocaute com ótimas quedas, um jogo dominante por cima e uma capacidade de finalização subvalorizada.
Este duelo “em família” deve encerrar dignamente um excelente mês de julho para o UFC.
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