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Kimbo Slice: 1974 - 2016

Participante da 10ª temporada do The Ultimate Fighter, lutador faleceu nesta segunda-feira

Quando se trata de esportes de combate, todos amam os nocauteadores. Logo, nunca foi surpresa que todos amassem Kimbo Slice, que faleceu na noite de segunda-feira (6) aos 42 anos.

Nascido Kevin Ferguson, o bahamense radicado na Flórida (EUA) não chegou ao universo das lutas pelos meios tradicionais. Mas quando chegou, os fãs não queriam que ele fosse embora, e por um bom motivo.

Kimbo foi uma sensação da internet, que ficou conhecido por causa de uma série de vídeos de luta de rua que estouraram no Youtube. Mesmo quando fez a transição para os combates sancionados do MMA e boxe, ele manteve sua popularidade inicial não apenas por conta de seu estilo de luta, mas também por sua personalidade e carisma. Kimbo não se colocava acima de todos os outros. Ele era um homem comum.

"Eu sou um homem temente a Deus, e independente de como as pessoas me enxergam e me julgam, eu rezo para meu salvador todos os dias", disse Kimbo em 2009, pouco antes de sua estreia no UFC contra Houston Alexander. "Fui criado pela minha mãe, tenho crianças e mantenho o pé no chão. Sou o mesmo cara que você encontra no supermercado. Quando me olham na TV, as pessoas se identificam. Eu sou um deles. O cara que eles viram na TV e na internet é o mesmo cara ali, fazendo compras. Eles podem cutucar no ombro e perguntar como estou".

Leia tambémDeclaração do UFC sobre Kimbo Slice

Participante da 10ª temporada do The Ultimate Fighter, Kimbo chegou ao UFC após quatro lutas no Elite XC, que fizeram ele ir de curiosidade da internet a estrela das massas. Essa popularidade só aumentou com sua presença na telinha toda semana, e sua luta contra Roy Nelson bateu recordes de audiência para a série. Além disso, mostrou uma face humana na figura intimidadora que se apresentava com o mantra "ALL DAY" (o dia inteiro, em inglês).

"É como quando você é criança e te ensinam a não julgar um livro pela capa. Acho que eu sou completamente o oposto do que pensavam. Me julgavam antes de me conhecer, mas eu não entrei na casa para fingir ser quem não sou. Eu sou verdadeiro. Meus filhos e amigos sabem disso, e agora os fãs saberão disso com as câmeras ligadas por 24 horas. O cara que você vê nas ruas é o cara na casa, e as pessoas se identificam. Eu não sou uma farsa".

Ele não era falso. Kimbo era tão real quanto possível, e isso se aplicava a seu estilo de luta. Sim, ele aprendeu algumas das melhores técnicas de MMA sob a tutela da American Top Team e Bas Rutten, mas em sua alma e coração, ele era um brigador cuja única intenção era conquistar o nocaute. Isso irritava alguns puristas do esporte, mas como algum lutador pode ser mais puro do que o que permanece fiel a si mesmo e a o que o levou ao esporte?

"Ninguém levanta da poltrona, porque alguém será nocauteado. Eu tentarei nocautear, ou serei nocauteado, e essa é a parte divertida. Eu não tenho medo de ser acertado. Não tenho medo de ser apagado, acordar alguns minutos depois, descansado, apertar a mão do meu opoentne e dizer 'Ei, cara. Boa luta. Ainda sou seu fã', ou o que seja".

Esse era Kimbo Slice, que venceu Alexander em sua estreia no UFC e perdeu para Matt Mitrione seis meses depois, em sua despedida do Ultimate, em 2010. Ele só fez mais duas lutas no MMA, sendo a mais recente um duelo contra Dada 5000 no Bellator, em fevereiro. O fato de ele ter competido há quatro meses faz com que a sua morte surpreendente seja ainda mais chocante para seus companheiros de treino, seus fãs e, mais importante, a família que ele tanto amou.

Mas ele não será esquecido.

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