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Amanda Nunes fala sobre amadurecimento e força para encarar Ronda Rousey

Em retorno emocionado ao Brasil, campeã peso-galo relembrou trajetória até o cinturão, marcada pelas "rasteiras da vida"


“É nosso, Bahia! É nosso!”

Amanda Nunes não conseguiu conter a emoção ao chegar em Salvador (BA), onde foi recepcionada por familiares e amigos no aeroporto. Foi um ano e meio sem voltar ao Brasil para reencontrar a família. A promessa feita para a mãe, dona Ivete, era a de que a próxima visita só aconteceria quando o cinturão peso-galo do UFC estivesse na bagagem. Dito e feito: Amanda, a primeira brasileira contratada pelo Ultimate e primeira representante do país a vencer no evento se tornou também a primeira a conquistar um título da maior organização de MMA do mundo.

Agora, um mês depois da conquista, a atleta reconhece a grandiosidade de seu título, mas segue com a humildade da garota que saiu da Bahia em busca de um sonho.

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“Eu sou uma menina abençoada. Deus foi colocando as pessoas, direcionando minha carreira, e graças a Ele estou fazendo história. O UFC 200 era um dos eventos mais esperados pelos fãs, e eu fui main-event. Foi histórico tanto para o UFC quanto para o Brasil, porque naquela semana ficamos sem cinturões. Daí o José Aldo pegou o interino e eu peguei o linear. É motivo de festa para o povo sofrido, e é isso o que eu quero: trazer felicidade para o país. Hoje eu moro lá fora, mas sempre penso no meu país. Por isso que quis voltar com o cinturão, para trazer a felicidade completa”, disse.

“É um sonho que estou realizando e quero dividir esse momento com as pessoas que fizeram parte da minha caminhada até aqui. Agora eu sento e falo sou campeã, já caiu a ficha. Uma semana depois da luta eu não dormia, só queria ficar olhando para o cinturão. Foi surreal“.

O caminho até aqui foi marcado pelas “rasteiras da vida”. Amanda chegou perto de uma disputa de título em setembro de 2014, quando enfrentou Cat Zigano, mas a derrota para a norte-americana atrasou sua corrida até o ouro.

Na época, o revés foi tão devastador que a "Leoa" pensou em pendurar as luvas. Foi então que sua namorada, a também lutadora Nina Ansaroff, se tornou sua psicóloga particular. Amanda conta que a companheira ajudou a identificar meios de aplacar sua ansiedade e excesso de energia. A baiana passou a ler livros e até meditar em vez de passar o tempo todo na academia, e o resultado desse trabalho intensivo se mostrou na luta contra Miesha Tate: uma Amanda fria e segura, que controlou as emoções e explodiu no momento certo para conquistar o cinturão.

É justamente essa força psicológica que Amanda acredita que lhe faria superior em um duelo contra Ronda Rousey. A dominante ex-campeã da categoria ainda não tem previsão de quando fará seu retorno, mas a brasileira sabe que uma luta contra aquela que abriu as portas do MMA feminino no UFC faria muito por seu legado.

“Agora eu sou a campeã. Quem tem toda essa energia, quem é o centro das atenções agora é a Amanda Nunes. Eu estou com mais força que a Ronda agora, psicologicamente. Meu treinamento para lutar com a Miesha foi justamente isso. Eu treinei bastante meu psicológico”, disse.

“Naquele dia eu fui superior em tudo, e vou continuar sendo. Eu tenho uma grande chance de vencer a Ronda Rousey. Vou continuar treinando, e tudo o que eu fiz para a Miesha Tate, se eu for enfrentar a Ronda, vai triplicar. Vai ser tudo intenso. É claro que ela é uma atleta duríssima, mas vou mostrar que cheguei para ficar campeã nessa categoria durante muito tempo, até eu me aposentar. Essa é a minha expectativa”.

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