Polonesa faz sua sexta defesa de cinturão contra Rose Namajunas no UFC 217
Os holofotes ficam mais fortes a cada luta da campeã peso-palha do UFC Joanna Jedrzejczyk, mas, às vésperas de sua sexta defesa de título contra Rose Namajunas, neste sábado (4), no Madison Square Garden, ela se recusa a perder o foco do porquê está aqui em primeiro lugar.
“Sinto que estou vivendo meu sonho”, disse, “Sei em que esporte estou e, é claro, os dois últimos antes foram uma loucura para mim. Existe muita atenção em mim e muitas obrigações, mas prefiro me manter focada na minha carreira do que em coisas como as promoções, ensaios fotográficos e mídia. Eu gosto quando tenho tempo para isso, mas, no final, as pessoas me respeitam e conquistei esse respeito por quem sou como atleta, e é nisso que estou focada”.
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Então se as oponentes pensam que as turnês de promoção, encontros com fãs e outras “armadilhas” de ser campeã vão distraí-la, sem chance. Um recente vídeo no Instagram da polonesa afiando suas cotoveladas é prova disso, mas isso não significa que a Joanna Campeã seja Joanna Sem Graça.
“Gosto de me manter ativa”, disse a atleta de 30 anos, “Me apaixonei pela prancha de paddle no último camp e é isso que eu faço. Ou vou jogar basquete ou vôlei ao ar livre, ou vou para a água. Pratico atividades para manter meu corpo são o tempo inteiro”.
Bom, em breve ela estará no ginásio que os Knicks chamam de casa. E eles precisam de uma armadora…
Ela ri, dizendo que não leva seu estilo agressivo para a quadra, especialmente com uma luta se aproximando.
“Tenho alguma habilidade, mas é claro que sou muito cuidadosa”, disse Jedrzejczyk, “Eu costumava fazer escalada antes de começar no muay thai. Não posso mais fazer isso, mas eventualmente voltarei para a escalada após minha carreira nas lutas, mas tenho levado minha carreira muito a sério, então tive que deixar algumas coisas de lado”.
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— Joanna Jedrzejczyk (@joannamma) 31 de outubro de 2017
Foi uma boa decisão, já que Jedrzejczyk está de volta a Nova York, de volta ao “Garden”, e pronta para dominar a cidade mais uma vez.
“Estou muito empolgada por voltar a Nova York, era meu plano voltar ao Madison Square Garden e à cidade”, disse, “Quero fazer história mais uma vez. Ano passado foi um show incrível, UFC 205, e, neste ano, Georges St-Pierre vai enfrentar Michael Bisping, duas lendas vivas, e estou empolgada por estar neste card. E é uma cidade polonesa também. Tem uma grande comunidade polonesa em Nova York e estou empolgada e feliz por estar aqui e poder fazer uma grande luta e um grande show novamente”.
Eu mencionei um recente evento de boxe em Newark que trouxe muitos fãs poloneses para torcer por seus lutadores, e Jedrzejczyk espera mais do mesmo neste final de semana.
“O povo polonês sempre apóia seus atletas e sempre fazem muito barulho”, disse, “É bom ouvir isso, eu recebo muitas mensagens de poloneses que vivem nos Estados Unidos e estão vindo a Nova York para me ver lutar”.
Poloneses ou não, parece que os fãs seguem Jedrzejczyk onde quer que ela vá, e por um bom motivo. Possivelmente a lutadora mais dominante do mundo hoje, ela pode ser a segunda campeã mais dominante independente de gênero, atrás apenas de Demetrious Johnson. No sábado, ela pode empatar o recorde de defesas de título por uma mulher no UFC, de Ronda Rousey, e ultrapassar a ex-campeã peso-galo em número de vitórias em lutas de título. Isso pode começar a colocá-la na mesma categoria em que os lutadores que ela chama de lendas vivas, e saber disso é algo especial para ele, apesar de Joanna ainda olhar para cada luta como sua primeira.
“Penso em toda luta como se fosse minha estreia no UFC”, disse, “Me lembro quando fui contratada pelo UFC e fiquei tipo, ‘Nossa, agora vou lutar no palco realmente grande’. Seria uma vergonha se eu não estivesse me preparando como estou”.
Com comentários como esse, é claro que enquanto alguns desaceleram quando chegam ao topo, Jedrzejczyk segue a todo vapor. Ela está mais afiada do que nunca, porque se lembra de onde veio, e quando um lutador faz isso, fica sempre faminto.
“O UFC me trouxe a um nível diferente”, disse, “Estou fazendo dinheiro agora e estou honrada por isso, porque é meu trabalho. Posso guardar dinheiro, posso ter algo bom na vida e posso compartilhar isso. Mas eu me lembro de quando fazia isso por nenhum dinheiro, e é por isso que estou faminta, porque ainda faço isso, e não é pelo dinheiro, é por mim mesma. É para romper meus limites, meus próprios limites, todos os dias”.
“Isso não me foi dado”, continua Jedrzejczyk, “Agora estou sorrindo e empolgada por ter feito tanto por mim mesma e por esse esporte e pelo UFC. Me lembro de quando cheguei no UFC e agora estou prestes a fazer minha nona luta no UFC, sexta defesa de título, sétima luta de título, estou 14-0 e estou tipo, ‘Onde foi parar o tempo?’. Isso me deixa contente”.
Pelo menos até a noite da luta. Então será hora de Joanna Campeã defender todo seu trabalho, e apesar de ela respeitar os que estão acima dela no card, isso não vai fazer com que ela pare de tentar ser aquela que o público do Garden falará sobre ao final da noite.
“Tenho novos objetivos a cada luta e quero provar algumas coisas a mim mesma, é por isso que me mantenho humilde e trabalho mais a cada camp”, disse Jedrzejczyk, “Eu disse no último camp que estava treinando duro, mas acredite, este camp foi incrível, um dos melhores da minha carreira, e acredito que vou estar em grande forma e vou dominar o Madison Square Garden. Sei que as pessoas estão focadas em Georges St-Pierre e Bisping, duas lendas se enfrentando, mas Joanna da Polônia vai dominar a noite”.
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