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Luta principal adentro: Silva x Brown

Três tópicos interessantes para a atração principal do Fight Night Cincinnati

Ok, temos mais um UFC e mais uma luta principal. Tudo dentro dos conformes. Mas uma olhada mais detalhada em Erick Silva x Matt Brown, atração principal do Fight Night Cincinnati de sábado (10), expõe pelo menos três tópicos interessantes. Vamos nessa!

No olho da categoria
Há alguns anos, a divisão até 77kg era previsível: um emaranhado de wrestlers amarrões, lutas travadas e doses de sonolência. Depois, com a ascensão de caras como Carlos Condit e Nick Diaz, a dinâmica começou a mudar. Com o fim da soberania de Georges St.Pierre e a definição de Johny Hendricks como novo campeão, a coisa resetou de vez.

Agora, novas possibilidades começam a brotar a cada desafio, e os fãs ganham muito com isso. Uma rápida olhada nos retrospectos recentes e vemos que Erick e Brown caçam objetivos distintos em Cincinnati. Seja para o lado que for, a vitória aqui (provavelmente) não garantirá chance imediata de título, mas o desafio tem tudo para ser um grande main event. 

Vitória, derrota... e agravantes
Quando este combate foi casado, muita gente achou inusitado se levarmos em conta o fator ranking, que muitas vezes é subjetivo e depende do ‘andar da carruagem’ de cada divisão para ser levado em conta.

Brown está com sete vitórias consecutivas. Atualmente é o sétimo da lista oficial dos meio-médios, um pouco atrás de caras como Rory MacDonald, Robbie Lawler e Hector Lombard.

Uma vitória convincente sobre o brasileiro engordaria de vez a marca e viabilizaria um próximo combate contra qualquer um dos atletas citados acima, aí sim um compromisso que pode levá-lo de vez para os lugares mais altos da categoria.  

Em 14° no ranking, Erick faz apenas a segunda luta pelo UFC fora do Brasil, mas tem chance perfeita para deixar de lado o estereótipo de ‘promessa eterna’ e se firmar de vez como um dos possíveis desafiantes ao título. 

Aos 29 anos, o capixaba chegou tarimbado na organização, mas aos poucos acabou assombrado pela irregularidade. Não dá para dizer propriamente que ele 'corre contra o tempo' para finalmente provar a que veio no UFC. Mas precisa cravar uma marca mais profunda com um triunfo contra alguém em boa fase. E Brown é o oponente ideal para alçá-lo a voos mais altos em breve.

Estilisticamente
Dois caras explosivos em ação e um novo capítulo da velha história efetividade x performance. O norte-americano pode não ser lá exemplo de refinamento técnico, mas está embalado e tem um estilão todo peculiar para encerrar combates pela via rápida, com golpes retos e combinações malucas de mãos e pés. 

Erick é fluido e se difere pela versatilidade. Se melhorou algumas brechas na guarda e adotou a filosofia do ‘nocaute é consequência de uma boa atuação’, ao invés de encarar isso como obrigação a cada segundo dentro do octógono, vai finalmente encontrar a dinâmica necessária para encaixar um jogo (con)vencedor.