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“Ter um filho está o impulsionando a ser um atleta ainda melhor”, conta esposa de Rodolfo Vieira

Juliana Marques, esposa do lutador que venceu no UFC 248, conta como ser pai está mudando a cabeça dele

Benício veio de surpresa. Bem, ao menos para Juliana Marques, esposa do lutador Rodolfo Vieira, que não esperava aumentar a família neste ano. “Mas pra ele parecia que já estava tudo planejado, que na hora que o bebê chegasse estaria tudo certo”, ela ri ao falar da expectativa do marido em relação ao filho que está para nascer.

Só na última semana, quando a mãe e a sogra foram do Brasil para a Flórida, onde o casal mora, é que Juliana conseguiu começar a lavar as roupinhas do bebê, arrumar seu armário e terminar de fazer as compras. A previsão é de que seu parto – normal – seja no dia 27. Mas ela aposta que Benício não espera até lá: “Do jeito que está, ele vem antes do dia 20”.

Juliana conta que ter um filho sempre foi muito mais uma vontade de Rodolfo do que dela. “Era uma vontade dele de muitos anos, desde quando a gente namorava, há pelo menos uns quatros anos”, diz. “O sonho dele sempre foi ser pai, construir uma família, só que eu segurava a onda dele porque eu sou nova, não pensava em ser mãe aos 23 anos.” Ela, no entanto, com medo dos casos de trombose ligados ao uso de anticoncepcional, parou de tomar pílula. E Benício aproveitou.

“Fiz o teste de farmácia e descobri que estava grávida assim que minha menstruação atrasou. Pensei que não podia contar pra ele sem um planejamento, porque era o sonho da vida dele. Comprei uma roupinha de bebê, escrevi uma cartinha e, três dias depois, entreguei para ele. Ele ficou parado, tremendo. E começou a chorar.” A demora para a barriga de Juliana aparecer apavorou o lutador. “Ele ficava me perguntando: tem certeza que você está grávida?”, a esposa ri.

Rodolfo sempre foi um atleta e um homem responsável, diz Juliana. Mas agora sua cabeça não para. “Ele se cobra muito mais em relação a tudo, no profissional e no pessoal. E agora já está com essa preocupação de dar um bom futuro para o filho. Certamente isso vem impulsionando o Rodolfo a ser um atleta melhor, um marido melhor, uma pessoa melhor. Com essa luta, vindo a vitória, ela vai ter um gostinho diferente.”

A mulher não tem dúvidas de que ele será um ótimo pai. “Ele diz: ‘Benicinho, papai vai treinar e vai lutar para dar uma vida melhor pra você’. Ele vai ser um paizão. Só não sei se ele vai educar. Eu vou ser a chata e ele vai ser o bobão, aquele com quem a criança consegue tudo, sabe?”, ela brinca. “Mas tenho certeza de que escolhi o melhor pai para meu filho.”

Sobre escolhas, Juliana conta que Rodolfo foi contra à do nome do filho. “Ele não queria Benício. Ele achava que não, que ele só lembrava do ator Murilo Benício com esse nome. Falei: ‘Você quer um nome único? Então inventa’”, diz ela, rindo. “Eu que bati o pé para ser Benício. Agora ele já se acostumou.”

Juliana conta que a proximidade com a data do parto está assustando-a. “Quero parto normal. Isso nunca tinha passado pela minha cabeça por causa da nossa cultura no Brasil de só fazer cesárea. Pensava: tá louco, vou sentir dor? Sou fraca pra isso. Mas aqui [nos EUA] minha mente mudou. Só que, como o nascimento está bem próximo, comecei a ficar com medo. Brinquei com o Rodolfo que, se eu pudesse, ficaria com o bebê mais uns cinco anos na barriga.”