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Roan Jucão valoriza equipe vencedora e maturidade para brilhar no UFC Hidalgo

Brasileiro encara Kenny Robertson pelos meio-médios neste sábado


Aos 38 anos de idade, Roan Carneiro sabe que é um profissional realizado. Em sua segunda passagem pelo UFC, ele já foi parceiro de treinos de Rodrigo Minotauro e Rogério Minotouro, já competiu nos quatro cantos do mundo, e hoje é líder de uma das filiais da American Top Team, única equipe que atualmente possui dois cinturões do Ultimate.
Mesmo com um vasto currículo, a sede de lutar segue a mesma de quando começou, há mais de 16 anos. E isso tem muito a ver com as pessoas que o cercam.
“Minha motivação vem, em primeiro lugar, da minha família, e de estar na minha academia com grandes nomes e campeões mundiais”, disse Jucão em conversa com a reportagem do UFC Brasil, “Na ATT tenho a oportunidade de lutar com caras que me ‘obrigam’ a me manter em alto nível, e de ajudar os atletas que eu treino, como o Pezão, o Cigano, isso é um incentivo”.
Não se pode negar que 2016 é um bom ano para estar na American Top Team. A equipe é lar da campeã peso-galo Amanda Nunes, do ex-campeão meio-médio Robbie Lawler e também do atual dono do cinturão da divisão, Tyron Woodley.
O confronto entre atletas da mesma equipe pela hegemonia na categoria no UFC 201, em julho, dividiu opiniões, mas Jucão garante: não foi nada demais.
“Já estou na American Top Team há 10 anos, e o momento que vivemos é maravilhoso. Temos vários atletas novos surgindo, e vários veteranos também. Isso só mostra que nosso camp é um lugar diferenciado”, comentou, “O título ficou em casa com o Tyron. Ele é meu amigo, chegou lá logo depois de mim, treinamos muito juntos e já até dividimos quarto. É um orgulho para a gente”.

E por falar em divisão meio-médio, Jucão fará, neste sábado (17), seu retorno à categoria, após uma breve passagem pelos pesos-médios entre 2015 e 2016.
Após sua primeira passagem pelo Ultimate em 2007 e 2008, o brasileiro voltou ao Ultimate no ano passado como substituto de última hora para um duelo contra Mark Muñoz. Jucão não tomou conhecimento do veterano e finalizou no primeiro round, mas, após ser derrotado pelo Top 10 Derek Brunson, decidiu descer para o peso original.
“O meio-médio é um peso em que eu sempre lutei. O peso e a envergadura atrapalharam (nos médios), mas a parte boa era que eu não precisava muito de dieta. Mas sempre lutei com 77 quilos, sempre me senti bem, e é a categoria em que eu acho que tenho mais chances”, explicou.
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Seu adversário no UFC Hidalgo será Kenny Robertson. Norte-americano de 32 anos, ele somava três vitórias consecutivas no octógono até ser superado por Ben Saunders em decisão dividida, em julho de 2015. Mais de um ano depois, encara Jucão como uma chance de reabilitação.
“Ele é um wrestler, um cara que vem para cima o tempo todo, e tem golpes perigosos. Ele gosta de puxar o ritmo da luta, mas tem muitos buracos no jogo também”, analisou o brasileiro, “Trabalhei muito em cima das características dele, tanto em pé, quanto no chão. É um adversário duro, que já ganhou de vários nomes importantes, e estou feliz de poder enfrentá-lo”.
Faixa-preta com alto nível no jiu-jítsu, Jucão confessou que torce para que Robertson use seu wrestling e leve a luta para o chão, onde se sente mais confortável. Entretanto, vá a luta para onde for, o brasileiro reforçou o desejo de entrar logo no octógono, como se fosse a primeira vez.
“Quanto mais a gente amadurece, mais aprende. Tenho tido cada vez mais atenção com essas coisas de dieta e treinos. O dia em que eu estiver treinando e não puder ter uma boa performance será o dia em que vou chegar para mim mesmo e dizer que tenho que parar. Até então, não. Ainda estou amarradão”, concluiu.
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