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Jon Jones: 'Glover pode me surpreender de muitas maneiras'

Campeão meio-pesado se mostra cauteloso para manter supremacia no UFC 172

A fila é grande. Inclui nomes como Maurício Shogun, Rashad Evans, Lyoto Machida, Rampage Jackson,Vitor Belfort, Alexander Gustafsson. Jon Jones venceu todos até agora. 

Campeão mais dominante do UFC na atualidade e primeiro lugar no ranking peso por peso da organização, o meio-pesado norte-americano entra novamente em ação sábado (26), contra o brasileiro Glover Teixeira, confiante em escrever novo capítulo do legado cada vez mais amplo que detém com apenas 26 anos de idade.

Neste rápido papo com o site do UFC, Jones analisou o próximo desafio, falou sobre ambições e responsabilidades. “Pressão está presente em cada detalhe deste esporte. Além de se acostumar, o segredo é aprender a dissimular muita coisa também”.

Você venceu um monte de caras de diferentes estilos e marcas registradas. Alem do poder de nocaute, em qual aspecto você acha que Glover pode ser realmente perigoso?

Glover não é apenas um cara que apenas bate forte como muita gente fala. Ele tem muita força nas quedas e um dos melhores controles de solo por cima da divisão, com ground and pound brutal. Ele colocará muitas coisas sobre a mesa que podem me surpreender. 

Como você planeja capitalizar habilidades em cima disso?

É algo imprevisível, coisa de momento. É sempre tenso encarar um lutador de instinto agressivo como o Glover. Uma brecha na guarda e um soco forte colocam tudo a perder. Você tem de ficar com o alerta ligado o tempo todo, e isso é muito exaustivo, tanto física quanto psicologicamente. Mas também tenho muitos artifícios para evitar que ele desenvolva essa potência. 

Você foi golpeado pra valer contra Gustafsson e foi derrubado, o que até então era o grande tabu em sua carreira no MMA. O que os adversários podem usar daquela luta como modelo para explorar seus pontos mais fracos?

Não sei, afinal de contas eu venci e não enfrentei um cara qualquer. Claro que aquilo me chacoalhou em muita coisa, principalmente nos fundamentos (de luta). Foi um combate em que os detalhes fizeram a diferença. É difícil. Todos que vêm me enfrentar já estudaram cada aspecto do meu jogo. Entro no octógono muitas vezes por ano e sou o campeão, o que aumenta coisas como curiosidade e exposição. Por isso vai ser cada vez mais complicado manter o mesmo nível em cada desafio.

Muito se fala sobre legado e as pressões que isso sempre traz para os campeões mais dominantes. Como um cara de 26 anos lida com isso?

Cara, estou em alto nível durante muito tempo. Esse esporte é complicado e muito passional, exige respeito e disciplina diários. Pressão e responsabilidade estão presentes nisso tudo, em cada detalhe. Além de se acostumar, o segredo é aprender a dissimular muita coisa também.

Agora que os tempos são outros e isso não deve mais acontecer, passou em algum momento pela sua cabeça encarar a tão falada superluta contra Anderson Silva?

Jamais enfrentaria Anderson. Ele sempre vai ser a minha maior referência nesse esporte.

Nesse sentido, o foco agora estaria em colocar você contra Chris Weidman (campeão dos médios) ou Cain Velásquez (dos pesados). Interessaria um ou outro?

Muito se fala e muito vai se falar. Weidman ou Velásquez não estão propriamente no meu radar, mas lutar é meu trabalho e posso até considerar em dado momento, principalmente contra Weidman, que considero um atleta dedicado e respeitoso. Agora não é o momento certo de falar mais sobre isso também, preciso manter meu foco total em Glover Teixeira, que é o grande desafio do momento para mim. Tenho um título para manter, e isso sempre é difícil.

Após a luta contra Glover, chegou a hora de subir para os pesados?

Olha, é o que sempre falo, em algum momento deve acontecer. A categoria (dos pesados) está muito competitiva, com muitos atletas experientes e um campeão quase invencível. Seria um prazer participar de algo por lá, mas acho que ainda não é a hora certa.

Anderson Silva, Fedor Emelianenko e Georges St.Pierre ainda são os caras que considera os melhores de todos os tempos?

Com certeza. E nessa ordem.

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