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Rashad Evans pronto para recomeçar no UFC 205

Ex-campeão dos meio-pesados estreia no peso-médio contra Tim Kennedy


Ex-campeão mundial dos meio-pesados, Rashad Evans sempre foi um dos lutadores mais carismáticos do plantel do UFC, mas ele incomodou algumas pessoas sem intenção quando disse que ficou constrangido por sua derrota para Glover Teixeira em abril.
Como pode um lutador - qualquer um, mas especialmente Rashad - ser corajoso o suficiente para pisar no octógono, competir, e então se sentir envergonhado somente por ter tido uma noite ruim? Foi confuso a princípio, mas compreensível, e provou que, após todos estes anos, o atleta de 37 anos ainda se importa.
“Meu sentimento de constrangimento foi porque eu treinei duro para aquela luta, e realmente achei que seria a luta que ia me trazer de volta”, disse Evans, que vem de duas derrotas consecutivas para sua estreia no peso-médio contra Tim Kennedy dia 12 de novembro, “E não foi. Me senti tão mal porque me sacrifiquei muito para aquilo, e isso dá medo, porque, para mim, lutar nunca foi algo que eu tivesse que pensar a respeito ou me preocupar. Era algo natural e, independente do que acontecesse, eu sempre achava uma maneira de sair de uma situação ruim e vencer a luta. Perder nos dois minutos iniciais de uma luta foi uma vergonha para mim, e me machucou de uma forma que eu nunca havia me machuado antes”.
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Teixeira, dono de duas das mãos mais pesadas do esporte, acertou Evans a 1m48s do primeiro round com socos que teriam derrubado qualquer outro meio-pesado. Não houve motivo para Evans se envergonhar, mas após uma sequência de quatro anos com apenas duas vitórias em seis lutas, sendo dois anos afastado por lesão, ele pensou que havia chegado ao fim do caminho.
“Isso passou pela minha cabeça”, disse, sobre a aposentadoria, “Achei que talvez era hora de ir em outra direção e realmente enfrentar o que virá depois que eu parar de lutar, o que será do resto da minha vida. Como lutador, isso é algo em que você não quer pensar, mas é inevitável. Você está sempre uma luta mais perto da última, então é algo que vou ter que enfrentar cedo ou tarde”.
Ele enfrentou e decidiu que não desistiria, mas levaria suas luvas e protetor bucal a uma nova vizinhança - a divisão dos médios. Para alguns, pode parecer um último esforço para manter sua carreira viva, mas, para Evans, é uma atitude que ele deveria ter tomado há muito tempo, mas foi muito teimoso para tomá-la. Não é uma surpresa para alguém que venceu a segunda temporada do The Ultimate Fighter como peso-pesado.
“Senti que era hora de mudar, e depois da minha última luta passei a me olhar no espelho e decidi que, se eu for continuar competindo, preciso garantir que vou dar o melhor de mim. E senti que, como meio-pesado, eu havia estagnado. Competi contra a maioria dos caras, tenho um amigo e parceiro de treinos (Anthony Johnson) que está lá em cima no ranking, e esses caras cortam muito mais peso que eu, e são naturalmente bem maiores. Então teve algumas coisas em que eu pensei e, por algum motivo, a divisão mudou, e eu precisava admitir isso. Eles eram maiores do que eu e mais fortes, e eu precisava me desafiar e garantir que eu ainda tivesse uma razão para lutar”.

E uma conversa com seu amigo, um dos grandes jogadores da história do futebol americano, Ray Lewis, foi decisiva para motivá-lo a perder os mais de nove quilos entre as duas divisões.
“Ele é um grande mentor e, às vezes, ele é tão profundo que você não entende até realmente entendê-lo”, disse Evans dando risadas, “Ele me disse que você se torna um lutador melhor quando faz disso um estilo de vida. Este é um elemento que eu não tinha antes, e percebi que é mais do que apenas uma luta”.
O lutador disse que a descida para os médios está “funcionando melhor do que eu esperava” até agora, e que ele está pronto para lutar em seu estado natal de Nova York pela primeira vez na próxima semana. Mas estar mais leve não é a única mudança que ele promete para o UFC 205. Quando pisar no octógono, Evans vai se tornar um lutador novamente.
“Às vezes você pode ser seu próprio obstáculo pelo jeito como as coisas são no mundo da luta”, explicou, “Você pode pensar demais, mas, no fim das contas, tudo se resume a uma coisa, que é lutar. Se você for um verdadeiro lutador, e se amar lutar, então você vai dar um jeito e vai estar tudo bem. É um instinto, e preciso confiar mais nisso. Eu conheço o esporte. Eu sei lutar. Eu só preciso acreditar nisso, e acreditar quando estiver lá”.
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