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O currículo do brasileiro Leonardo Santos no Ultimate é bastante respeitável.
Campeão do TUF Brasil 2, o peso-leve está invicto na organização com cinco vitórias e um empate, tendo superado nomes como Adriano Martins, Anthony Rocco Martin, e até nocauteado o atual 9º colocado no ranking da divisão e ex-desafiante ao cinturão interino dos 70kgs, Kevin Lee.
O que afasta o faixa-preta de jiu-jítsu da Nova União de oportunidades maiores na organização, no entanto, está além do seu alcance.
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Neste sábado (1º), no UFC Estocolmo, Léo Santos fará sua primeira aparição no Octógono desde outubro de 2016. Neste período aconteceu de tudo um pouco, e é sobre isso, e sobre o confronto com Stevie Ray neste final de semana, que o UFC Brasil conversou com o brasileiro. Confira:
Qual a sensação de finalmente voltar a lutar após tantos percalços e tanto tempo longe do Octógono?
“Estou reiniciando como se fosse contratado agora. Estou me sentindo um estreante no UFC. Foram vários tumultos. Alguns adversários caíram, tomei uma ‘geladeirazinha’. Eu até tenho falado, na boa fase em que eu estava, com o tempo que passou, já era para eu ter disputado o cinturão, feito defesa e tudo. Mas não tem o que fazer, quando Deus quer alguma coisa, a gente tem que aceitar e tocar a bola para frente. Foi o que eu fiz. A gente viu que estava tendo muito problema, estava dando muita dor de cabeça, então foquei em outras coisas, mas graças a Deus estou aí de volta”.
Como está sendo voltar a vivenciar o ambiente do UFC, os compromissos oficiais e tudo o que envolve a semana da luta?
“Está sendo ótimo. Estava com saudade disso - só não estava com saudade de perder peso, mas não tem jeito. Eu sempre gostei de curtir essa caminhada, sou um cara que gosta de treinar, da doutrina, adoro as viagens, só a parte de perder peso é ruim. Depois de comer, aí vai ser melhor ainda. Entrar lá de novo, sentir aquela adrenalina, vai ser bom demais”.
O que você pensa sobre o Stevie Ray e como projeta o duelo deste sábado?
“É um cara já bem experimentado, pegou atletas duros. Ele é um cara bem completo, é um cara local - é da Escócia, mas vai ter uma torcida bem forte para ele na Suécia -, mas estou feliz. Acho um adversário bom para retornar, acho que vai ser uma boa luta”.
Seu oponente fez cinco lutas desde a sua última. Como lidar com a ‘ferrugem’ do tempo afastado, e como não deixar que a diferença de ritmo de luta seja um fator determinante?
“Tudo vai depender do início da luta. Se eu vou sentir isso ou não, eu estava esperando isso, me preparando mentalmente para que eu não sinta, então tudo vai depender daquele momento da luta. Se eu conseguir controlar a ansiedade de uma forma positiva e conseguir transferir isso para a luta, vai ser excelente; se não, aí a gente vai ter que se virar nos 30, morder o protetor e sair na porrada”.
Aos 39 anos e invicto na organização, você faz algum planejamento a médio prazo para sua carreira no UFC? Ou prefere fazer uma luta de cada vez para descobrir onde pode chegar?
“Foi um aprendizado esse banho de água fria durante esse tempo todo, mas estou analisando luta a luta, curtindo cada momento, porque esses mais de dois anos que fiquei fora, foi como se eu tivesse me aposentado. Você tem que pensar em outras coisas, se preparar para isso (aposentadoria), porque um dia vai acontecer. Então estou curtindo bastante essa luta, não pensando na próxima, no que vai vir, em adversário ranqueado, nem nada. Estou curtindo o momento, porque poucos têm esse privilégio, e tenho que aproveitar o máximo possível”.
Para terminar, o que os fãs podem esperar desse retorno do Léo Santos?
“Podem esperar bastante alegria de um cara que ficou muito tempo longe do que mais ama fazer”.